sexta-feira, dezembro 21, 2007

O Natal Musical



Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Programação Especial

O Natal Musical I




No dia 24 de dezembro a Rádio Cultura FM preparou uma programação especial de natal, a contemplar um repertório variado que vem desde as primeiras manifestações desse gênero entre as comunidades cristãs medievais até as práticas musicais mais contemporâneas. A programação começa logo às 13 horas, no programa Delicatessen, onde você poderá ouvir obras relacionadas à temática natalina; às 14 horas, o pianista Gilberto Tinetti apresenta um Pianíssimo especial também com obras comemorativas. A programação segue pela tarde e você poderá ouvir o Concerto para harpa de HÄNDEL, o Concerto Grosso op. 6 n° 87, "Feito para a Noite de Natal", de CORELLI e o Concerto de Brandemburgo n° 2 de BACH. O destaque fifca para o "Oratório Musicado para o Santo Natal nas duas igrejas principais de Leipzig no ano 1734" de Johann Sebastian Bach. As denominações de Oratório e Cantata foram confundidas com freqüência. O Próprio Bach chama de Oratório de Natal uma suíte de cantatas. Entretanto, deve-se, pelo menos musicologicamente, atentar-se para esses termos que vão designar dois gêneros de composição vocal não cênica, normalmente bem distintos. A cantata italiana e a cantata francesa têm motivos profanos, uma mais lírica, outra mais narrativa. Já a Kantate alemã tornou-se, desde o início, uma composição religiosa para solistas, coros e instrumentos, sem o elemento narrativo das formas italianas e francesas. O oratório nasceu em Roma, no Oratório da Vallicella. O surgimento não constitui uma mudança do que se conhecia como Sacra Rappresentazione, como se acredita, mas como um desenvolvimento das antigas Laudes. Na verdade, esse fato se deve à imensa popularidade que o drama litúrgico alcançou a partir do século X, como um teatro acompanhado de cantos e danças. O termo 'oratório' aplicava-se inicialmente às manifestações religiosas da congregação dos oratoria nos, de São Filipe Néri. Contudo, as transformações daquilo que era conhecido como representação sacra que levaram à forma final do Oratório, encontrou resistências no espírito puritano da contra-reforma. O Oratório de natal, composto em seis partes, foi apresentado nos dias 24, 25 e 26 de dezembro, na festa de ano-novo e no dia de reis. Em Leipzig, Bach não teve a oportunidade de apresentar a obra inteira em um único concerto. A obra completa interpretada pelos Meninos Cantores de Viena, Chorus Viennensis e Concentus Musicus de Viena com a direção de Nikolaus Harnoncourt, você ouvirá no programa Sala de Concerto, às 22 horas.

> Delicatessen - 13h00
Apresentação: Kika Leói
Produção: Fernanda Shidomi
Pianissimo - 14h00
Apresentação: Gilberto Tinetti
Produção: Glaucia Molina
Tarde Cultura - 15h00
Apresentação: Fábio Malavoglia
Produção: Ralf Shwarcz
Sala de Concerto - 22h00
Apresentação: Teca Lima
Produção: Adriana Braga


Programação Especial

O Natal Musical II




No dia 25 de dezembro a programação especial de natal prossegue, agora a contemplar um repertório variado que vem desde as primeiras manifestações desse gênero entre as comunidades cristãs medievais até as práticas musicais mais contemporâneas. A programação começa logo às 13 horas, no programa Delicatessen, o destaque fica para Louis-Claude DAQUIN com a sua Cantata de Noel. O Pianíssimo continua a oferecer um repertório para piano relacionado aos temas natalinos. A noite começa com uma amostra das manifestações do natal medieval, desde o canto em uníssono até a tímida polifonia que começou a surgir na Baixa Idade Média: Um Natal Medieval poderá ser ouvido às 19 horas. Nesse programa as trilhas são gregorianas, ambrosianas, mozárabes e de caráter popular com instrumentos de época. Em seguida, no progr ama beethoven Hoje, de Carlos Siffert, às 20 horas, você poderá uma grade obra prima de Beethoven, a Missa Solene, Op.123, com o Monteverdi Choir e o English Barroque Soloists sob a regência de John Eliot Gardiner. É preciso viver com Beethoven um episódio ou um aspecto itinerário de um indivíduo que nos atinge um coração, não sem deixar de nos falar daquele indivíduo: a própria definição do lirismo musical onde o compositor absorve o exemplo dos poetas. A esse respeito, acrescenta o crítico francês Celestin Deliége: "A fraseologia beethoveniana, foi o elemento que fez toda a música do classicismo dar a volta rumo ao romantismo". Vitor Hugo acrescentou: "Parece que se vê um Deus cego criar o sol". É possível, portanto estender: parece que um ouvido surdo recria as harmonias e reelabora o tempo. A Sala de Concerto mostra, às 22 horas, o Quebra Nozes de Tchaikovsky com a Orquestra Sinfônica de Saint Louis e a direção de Leonard Slatkin. No romantismo, a sensibilidade tornou-se um tema preponderante, em que o poderoso não se distinguia do fraco, pois ambos estavam sujeitos ao entusiasmo, ao sentimentalismo idílico e à melancolia. A originalidafde do século XIX se distribui entre as monarquias liberais e as repúblicas autoritárias; , o nacionalismo e o internacionalismo, o individualismo e o sentimento de natureza, o sonho e a revolta. Sobre o romantismo, duas premissas são importantes: a pressuposição de uma literatura e a subjetividade: cada um encontra seus modelos em si mesmo. Mas essa instrospecção permitirá que o artista descubra e exprima a alma de todos os homens. Conforme descreveu Hugo no prefácio de suas contemplações: "Ah!! Insensato, que crês que eu não sou tu!!". Na Alemanha, o substantivo DIE ROMANTIK, expressava desde o fim do século XVIII, uma nova tendência literária oposta ao clacissismo. Na França, já se confundia Romântico com Romanesco; na Inglaterra qualificou-se de ROMANTIC tudo que era pitoresco.

> Delicatessen - 13h00
Apresentação: Kika Leoi
Produção: Fernanda Shidomi
Pianissimo - 14h00
Apresentação: Gilberto Tinetti
Produção: Glaucia Molina
Um Natal Medieval - 19h00
Apresentação: Maurício Monteiro
Beethoven Hoje - 20h00
Apresentação: Carlos Siffert
Produção: Biancamaria Binazzi
Sala de Concerto - 22h00
Apresentação: Teca Lima
Produção: Adriana Braga





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terça-feira, dezembro 18, 2007

Cultura jazz -Errata


Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Cultura jazz

ERRATA



No dia 22 de dezembro, ás 24h00 você poderá ouvir uma das mais ativas e atrativas bandas de jazz da Europa. A NDR Big Band pertence ao grupo de mídia NDR, Rádio do Norte da Alemanha, e vem a trabalhar com o mais variado repertório: dos tradicionalíssimos de Benny Goodman, Charles Mingus, Duke Ellington e Louis Armstrong ao experimentalismo de Frank Zappa e Jimmy Hendrix. No dia 14 de maio de 2007, a NDR Big Band apresentou na Sala São Paulo o programa "Like a Cannonball", um tributo ao saxofonista norte americano Julian Edwin "Cannonball" Adderley e seu irmão, o trompetista Nat Adderley. Sob a regência de Jorg Achim Keller, os dezoito músicos da NDR contaram com a participação do trombonista sueco Nils Landgren. Esse repertório você poderá ouvir no programa Cultura Jazz, em gravações exclusivas feitas pel as equipes da Radio Cultura AM e FM de São Paulo. O nome do músico homenageado Cannonball (bala de canhão) é na verdade uma corruptela de canibal e uma menção ao seu grande apetite. Cannonball começou a estudar cedo e em pouco tempo já não havia como ignorar seu talento. Em Nova Iorque, junto ao seu irmão Nat Adderley, trabalhou para o selo Savoy. Os críticos apontam o tom, o swing, e a atmosfera sutil de seu instrumento, o sax alto, como indicativos de uma sonoridade invejável. Tocou com Miles Davis, John Coltrane, Paul Chambers, Joe Jones e Red Garland. Se você se interessar pela segunda parte desse programa, a Radio Cultura AM (1200 Khz) apresentara no dia 25 de dezembro, às 19 horas, a NDR Big Band e a participação especial de João Bosco.

>
Cultura Jazz
Sábado, 22 de dezembro de 2007, 24h00
Produção: Biancamaria Binazzi.



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O Barroco na França



Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Banchetto Musicale

O Barroco na França




A Itália fazia oposição à técnica musical da França barroca de Marin Marais, Delalande e Blavet. Criaram-se igualmente, divisões em diferentes clãs, em que argumentos de gosto e de estilística misturavam-se, por vezes, a atitudes políticas, foi esse, por exemplo, o caso das disputas entre as práticas francesas e italianas, entre lullistas e ramistas, gluckistas e piccinistas. No princípio do século XVIII, o debate entre a música francesa e italiana ganhou novo impulso. A música italiana tinha a preferência da nobreza, e os primeiros compositores franceses de sonatas, dedicavam suas obras ao duque de Orleáns, um partidário declarado à tendência italianizante. Alguns teóricos mais preocupados com o rigor estilístico e histórico se opuseram a uma teoria que falava de uma moral imaginária. Parece que não foi nada disso. O barroco não seria o resultado de um ideal nostálgico, mas de um conjunto de recursos, psicologicamente estudados e manejados com habilidade, partindo de grupos poderosos, mas que se estendem a todos os setores da sociedade. Um bom exemplo é a monarquia de Luis XIV, nababesca e nada imaginária, nada nostálgica. Era a sociedade do espetáculo. Os compositores dos séculos XVII e XVIII compartilharam, assim como poetas, literatos, pintores e escultores, da premissa básica contida na Retórica de Aristóteles. A retórica talvez seja um dos aspectos mais evidentes da cultura barroca, presentes na música dos italianos ou de franceses como Marin Marais, Augustin Dautrecourt, quanto nos tratados de Gracian, Argan ou nas obras literárias de Suarez de Figueroa ou Gregório de Matos. Persuadir era despertar as vontades e não incutir o conhecimento.

> Banchetto Musicale
Domingo, 23 de dezembro de 2007, 11h00
Produção e comentários: Maurício Monteiro


Cultura Jazz

A NDR Big Band




No dia 22 de dezembro você poderá ouvir uma das mais ativas e atrativas bandas de jazz da Europa. A NDR Big Band pertence ao grupo de mídia NDR, Rádio do Norte da Alemanha, e vem a trabalhar com o mais variado repertório: dos tradicionalíssimos de Benny Goodman, Charles Mingus, Duke Ellington e Louis Armstrong ao experimentalismo de Frank Zappa e Jimmy Hendrix. No dia 14 de maio de 2007, a NDR Big Band apresentou na Sala São Paulo o programa "Like a Cannonball", um tributo ao saxofonista norte americano Julian Edwin "Cannonball" Adderley e seu irmão, o trompetista Nat Adderley. Sob a regência de Jorg Achim Keller, os dezoito músicos da NDR contaram com a participação do trombonista sueco Nils Landgren. Esse repertório você poderá ouvir no programa Cultura Jazz, em gravações exclusivas feitas pelas equ ipes da Radio Cultura AM e FM de São Paulo. O nome do músico homenageado Cannonball (bala de canhão) é na verdade uma corruptela de canibal e uma menção ao seu grande apetite. Cannonball começou a estudar cedo e em pouco tempo já não havia como ignorar seu talento. Em Nova Iorque, junto ao seu irmão Nat Adderley, trabalhou para o selo Savoy. Os críticos apontam o tom, o swing, e a atmosfera sutil de seu instrumento, o sax alto, como indicativos de uma sonoridade invejável. Tocou com Miles Davis, John Coltrane, Paul Chambers, Joe Jones e Red Garland. Se você se interessar pela segunda parte desse programa, a Radio Cultura AM (1200 Khz) apresentara no dia 25 de dezembro, às 19 horas, a NDR Big Band e a participação especial de João Bosco.

> Cultura Jazz
Sábado, 22 de dezembro de 2007, 00h00
Produção: Biancamaria Binazzi.



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terça-feira, dezembro 11, 2007

Alexander Constantinovitch Glazunov




Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Pianíssimo

O piano, o repertório, o intérprete




O pianista e professor Gilberto Tinetti, em mais uma de suas propostas de ouvir o repertório pianístico na interpretação de instrumentistas brasileiros, oferece a você, caro ouvinte, a escuta de mais um programa de nossos intérpretes. O piano surgiu em princípios do século XVIII, como transformação dos instrumentos de teclas, como o cravo e o clavicórdio. No início, para criar mecanismos que favorecessem a dinâmica na interpretação, criou-se o gravicembalo col pian'e forte; ou seja, um cravo ou clavicórdio que pudesse acentuar as notas, leve ou fortemente. Bartolomeu Cristofori de Padua foi um dos principais interventores na mecânica do instrumento em 1711. Entretanto, as trajetórias históricas e timbrísticas do instrumento abrangem um período mais longo e uma geografia mais ampla. Na França, po r exemplo, apareceu em 1716 um instrumento similar; na Alemanha, surgiram, a partir de 1721, grandes construtores, como Silbermann e Schröeter. No Brasil, os primeiros pianos chegaram devido à instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro e eram, assim como as questões político-econômicas, ingleses, de John Broadwood, o mesmo construtor dos instrumentos de Beethoven. Em termos de funcionalidade, o uso do instrumento no Brasil teve grande repercussão a partir da segunda metade do século XIX, sobretudo com Artur Napoleão, Leopoldo Miguez e Luigi Chiaffarelli. A compra e a utilização do piano foram tão constantes no Rio de Janeiro que a cidade já foi chamada de "Pianópolis".

> Pianíssimo
Apresentação: Gilberto Tinetti.
Quinta-feira, 13 de dezembro e 2007
Produção: Glaucia Molina


Concertos do meio-dia


O nome completo desse grande autor russo era: Alexander Constantinovitch Glazunov, nascido em São Petersburgo no ano de 1865. O seu conhecimento de música começou logo na infância, certamente pela influência familiar, uma vez que seu pai era um conhecido editor. Mas era preciso ainda ter um impulso mais profissional e que lhe norteasse na arte da música; esse impulso se deu através de Balakirev que o aconselhou a concluir sua formação clássica. Os bons fluidos parecem ter sido favoráveis, porque depois desse contato foi estudar com Rimski-Korsakov. O talento era latente, tanto que os elogios de Liszt fizeram-no conhecido no Ocidente: a partir de Weimar em 1884 onde suas sinfonias forma elogiadíssimas passou a Paris e Londres. Entre 1900 e 1906 foi professor do conservatório de São Petersburgo e na s eqüência, assumiu o cargo de Diretor até 1917. Muito embora a sua obra mais popular seja o Balé "As Estações", você poderá ouvir na Radio Cultura FM uma das mais atraentes peças de Glazunov: A suíte Idade Média. Trata-se de uma obra concentrada e descritiva que recria a atmosfera desse período chamado de Idade das Trevas. Para bem da verdade, de trevas mesmo só tinha a noite. Nessa descrição, você poderá ouvir uma paisagem sonora de trovadores que cantam ao som de uma harpa e dos cruzados que fazem uma celebração final, dentre outros matizes medievais e de orquestração russa.

> Concertos do meio-dia.
Apresentação: Walter Lourenção.
Segunda - feira, 17 de dezembro de 2007
Produção: Ralf Schwarz



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quarta-feira, dezembro 05, 2007

O padre José Maurício Nunes Garcia



Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 04 de dezembro de 2007

Encontro com o Maestro

Dia Internacional da Criança no Radio e na Televisão




O dia 9 de dezembro é um dia especial no Ocidente, onde, desta vez, a criança terá som e imagem. Trata-se do dia Internacional da Criança no Rádio e na TV, uma iniciativa da UNICEF que busca promover e garantir a informação de qualidade e estimular a participação de crianças e adolescentes nos meios de comunicação. Em contraposição ao mundo adulto em que vivemos, a temática da UNICEF para o ano de 2007 será algo menos complexo e menos destrutivo: O mundo que queremos. Pensando nesse mundo a atender crianças e adolescentes, a Rádio Cultura FM apresentará um programa especial com o maestro João Maurício Galindo. No dia 9 você poderá escutar as peças de VILLA-LOBOS inspiradas e dedicadas às crianças. Em destaque, O Guia Prático, coleção de melodias folclóricas arranjadas para uso e m escolas públicas, e as Cirandas, obras para piano, de grande beleza construídas a partir de cantigas de roda e melodias infantis. Na Suíte Cirandas, Villa-Lobos remete às nossas raízes culturais, abordando as cantigas e danças de roda em complexos arranjos pianísticos. O Guia Prático e as Cirandas são resultantes não somente de viagens e interesses de um pesquisador, como também de um homem preocupado com o descaso com que a música era tratada nas escolas brasileiras. O resultado foi uma mistura bem temperada, à maneira de Bach, de tradições, história e folclore com uma linguagem que, dizem, aproxima os homens a Deus. Não só aproxima, também move os afetos. Crianças e adolescentes têm, talvez mais que os adultos, uma relação sincera com a melodia e a harmonia; nelas, chora-se, ri-se, brinca-se e entende-se o mundo; o mundo que queremos e que ainda fomos incapazes de resolver. Provavelmente a música e os ouvidos dessas crianças e adolescentes res olvam isso!

> Encontro com o Maestro
Apresentação: João Maurício Galindo.
Domingo, 09 de dezembro de 2007, 10h00
Produção: Julio de Paula


Canto Coral

O padre José Maurício Nunes Garcia




Na quinta-feira próxima, dia 06 de dezembro, você ficará com o o nosso compositor mulato: José Maurício Nunes Garcia. O programa Vozes, de Naomi Munakata, apresentará as obras para canto coral desse compositor, um dos músicos brasileiros mais significativos da primeira metade do século XIX e ainda um dos mais lembrados na historiografia. José Maurício viveu o tempo da corte no Brasil e, junto a Marcos Portugal e Sigismund Neukomm, foi um dos vértices da trindade musical de D. João VI. Esses compositores estrangeiros trouxeram o drama italiano, a simetria clássica e reforçaram o comportamento de corte. Mesmo a insistir nos domínios de Apolo, conviveram com o mundo dionisíaco da colônia. José Maurício nunca saiu daqui, mas absorveu o drama italiano e o equilíbrio clássico, pôde ainda observar as prátic as musicais de Marcos Portugal e Sigismund Neukomm na corte, e as de seus conterrâneos nas ruas. O carioca José Maurício Nunes Garcia nasceu em 1767 e morreu no Rio de Janeiro em 1830. Mulato, pobre e músico, viveu em uma sociedade preconceituosa em tudo. Foi isso que seu filho, o doutor José Maurício Nunes Garcia Júnior descreveu em uma nota autobiográfica: Meus avós maternos eram o mestre de campo Apolinário José Nunes, nascido na cidade de Campos dos Goitacazes, e de sua esposa [Victoria Maria da Cruz], natural de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto, da Província de Minas Gerais, ambos mulatos claros e de cabelos finos e soltos como muita gente que se diz branca, e que só por isso julgou poder esmagar-me . Muito embora a queixa do filho de José Maurício contra o preconceito racial faça referências aos pais do padre-mestre, não é difícil pensar que o músico da corte também tenha sofrido com os problemas da cor e da raça. Mas, José Maurício adquiriu dois ingredientes importantes para atenuar o preconceito racial, ser padre e músico. < /FONT>

> Canto Coral
Apresentação: Naomi Munakata
Quinta-feira, 06 de dezembro de 2007, 20h00
Produção: Cinthya Gusmão.



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