terça-feira, novembro 27, 2007

O Que Há de Novo



Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Que Há de Novo.


Você vai ouvir em primeira mão a mais nova aposta vocal da indústria do disco. Trata-se da soprano canadense Measha Brueggergosman. Aos 30 anos, e com apenas uma gravação comercial realizada em 2006, ela foi escolhida pela Deutsche Grammophon como alvo de uma bem orquestrada campanha promocional para levá-la rapidamente ao estrelato. A idéia é construir rapidamente uma nova Anna Netrebko, que se transformou, num passe de mágica, de faxineira do Kirov à condição de maior diva da cena contemporânea. Measha tem voz poderosa, afinação irretocável e uma portentosa cabeleira black power anos 60. Parece uma mistura de Jessye Norman com uma raylette. Para quem não se lembra, Raylettes eram as meninas afrodescendentes que faziam o backing vocal de Ray Charles. Seu CD que chega agora às loj as e que vamos mostrar inteiro em primeira mão no programa do dia 1º de dezembro intitula-se "Surprise". E é de fato uma surpresa, principalmente pelo repertório. Em vez de desfilar aquela mesma seqüência eterna de grandes árias líricas, Measha interpreta canções típicas de cabarés dos anos 20 do século passado. Você vai dizer: lá vem alguém de novo cantando Kurt Weill, Eisler e Brecht. Nada disso. Os compositores atendem pelos nomes de Arnold Schoenberg, Erik Satie e o norte-americano contemporâneo William Bolcom. Você vai conhecer o lado boêmio do autor de "Pierrot Lunaire", confirmar a irreverência de Satie e deslumbrar-se com Bolcom, que praticamente "recebe" o espírito de Leonard Bernstein em um belíssimo ciclo de sete canções. Se gostar do repertório e das interpretações, pode comprar o disco em edição nacional, portanto a preços módicos. Mas Measha também poderá ser vista ao vivo e em cores, em parte do repertório do disco, com orquestra regida por Gil Jardim, em espe táculo no próximo dia 6 de dezembro, no Teatro Alfa, em São Paulo.

> O que há de Novo.
Apresentação: João Marcos Coelho
Sábado, 1 de dezembro de 2007, 18h00


Concertos do meio-dia.

Haydn e a Sinfonia "A Rainha".




Nessa sexta feira, o ultimo dia do mês de novembro, o maestro Walter Lourenção apresentará em seu programa uma obra de Haydn, a Sinfonia nº 85 "A Rainha de França". Franz Joseph Haydn, nascido em 1732 e morto em 1809 na Áustria, foi o que a historiografia resolveu chamar de "o pai do classicismo vienense". Esteve a serviço do príncipe de Esterházy durante quase toda sua vida, atendendo a um gosto que era ao mesmo tempo aristocrático e iluminista. Na Europa de Haydn, Mozart e Beethoven houve uma interferência na obra musical por parte do público. Claude Lévi-Strauss fala de uma prática entre um grupo de ouvintes das aristocracias barroca e clássica no livro 'Olhar, Escutar, Ler', onde se reuniam e discutiam a linguagem depois das audições, não somente a partir do gosto, predominantemente relacionado ao b elo, mas também em termos de técnica. A relação de "clássico" começou a se articular com o italianismo de forma estreita e se tornou aquilo que havia de mais moderno nos fins do século XVIII e inícios do seguinte. Charles Rosen pensa nesse sentido: Bem depois da morte de Haydn, mais ainda, adiante da de Beethoven, os melômanos quando falam da vida musical em Viena, comparam o nome de algumas obras de Haydn, Mozart e Beethoven aos sucessos que a ópera italiana obteve como gênero novo e muito moderno.

> Concertos do meio-dia.
Apresentação: Maestro Walter Lourenção.
Sexta-feira, 31 de novembro de 2007, 12h00.
Produção: Ralf Schwartz



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terça-feira, novembro 20, 2007

O Regato de Leipzig e o Padre Ruivo



Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 20 de novembro de 2007

O universo de Johann Sebastian Bach

O Regato de Leipzig e o Padre Ruivo




No dia 24, o pianista e maestro João Carlos Martins leva a você, caro ouvinte, mais um programa dedicado ao grande mestre de Leipzig: Johann Sebastian Bach. Nesse programa, especialmente, João Carlos Martins propõe uma escuta entre Vivaldi - o compositor que mais desenvolveu a forma concerto e outras particularidades do barroco e Bach, que pela sua grandeza, sintetizou em grande parte o sistema tonal. A arte barroca é, em grande parte, obra de encomenda. Os artistas eram empregados dos duques, dos príncipes, dos reis, da Igreja ou de alguma outra instituição. Foi para eles que os compositores, poetas e pintores, escreveram suas músicas, fizeram seus quadros e declamaram seus poemas. O barroco viveu de modelos, sejam eles sugeridos pela Igreja, pelo estado ou pela própria sociedade. É por isso que mui tas vezes um compositor barroco é visto como pouco criativo, mesmo sendo autor de centenas de obras. Muito provavelmente, foi esse conceito de mimetismo e de modelos de que viveu a sociedade barroca, que levou autores do século XX a dizer que Antonio Vivaldi compôs 300 vezes o mesmo concerto. O barroco apresentou um grande número de compositores e um universo ainda mais difuso, complexo e maior: o dos anônimos. Novas pesquisas sempre descobrem obras desconhecidas e mestres esquecidos, num regaste histórico, cujo acesso nos parecia, até pouco tempo, não exatamente impedido, mas desinteressante.


> BACH por João Carlos Martins.
Sábado, 24 de novembro de 2007, 19 horas
Produção: Cynthia Gusmão


Cantilena: Música Antiga

De Paris a Napoles




O programa cantilena desta sexta-feira, dia 23 de novembro apresenta dois compositores importantes para a linguagem da música ocidental: Cristofaro da Caresana e Guillaume de Machaut. Esse último compositor nasceu na região de Champagne por volta do ano de 1300, já na transição da Baixa Idade Média para o que viria a se chamar de período gótico. Nada se sabe acerca de sua juventude nem dos seus estudos, a não ser que recebeu, muito cedo, ordens menores, que estudou Teologia (provavelmente na universidade de Paris) e acedeu o grau de magister. Em vários documentos é também chamado de Clericus elimosinarius (1330), notarius (1332), secretarius (1335). Em c.1323 esteve ao serviço de João de Luxemburgo, rei da Boêmia, que acompanhou, até 1340, nas suas expedições à Polô nia, Lituânia, Itália, etc. Foi um grande poeta e autor da célebre Messe de Notre Dame. Machaut viveu o período onde as harmonias do que viria a ser o sistema tonal estavam ainda por serem estudadas e é por isso que muitas vezes nossos ouvidos identificam falsas consonâncias em suas obras. Cristofaro da Caresana, por sua vez, é um legítimo representante da escola napolitana. Depois destudar com Marco Antonio Ziani em Veneza, estabeleceu-se em Nápoles com 16 anos de idade. Participou da companhia de teatro Feblarmonici, escrevendo diversos melodramas. Mais tarde, já no ano de 1667, tornou-se organista da Real Capela e Diretor do Conservatório de Santo Onofre. Escreveu muitas cantatas, nomeadamente para a época do natal.

> Cantilena
Sexta-feira, 23 de novembro de 2007, 5h00
Apresentação: Alfredo Alves.
Seleção musical e produção: Maurício Monteiro



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terça-feira, novembro 13, 2007

Paulo Autran e as Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz



Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 13 de novembro de 2007

Sala de Concerto

Paulo Autran e as Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz




A sala de concerto traz até você, ouvinte da Radio Cultura FM uma das maiores jóias do classicismo vienense: As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz, Op. 51, de Franz Joseph Haydn (1732-1809). Essa não é somente uma observação de musicólogos e historiadores contemporâneos, mas também de memorialistas e cronistas do século XVIII. Haydn começou a fazer essa obra provavelmente no ano de 1786 na seqüência de uma encomenda feita pelo cabido da Catedral espanhola de Cádiz. As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz está, segundo o próprio compositor, entre as melhores composições instrumentais que jamais produzira. Haydn colocava apenas uma parte do seu imenso potencial musical e estético, enquanto peça funcional, por excelência. Entretanto, o ouvinte poderá ouvir as harmonias c lássicas e o melodismo do século XVIII acompanhados ainda de uma interpretação de um dos maiores ícones do teatro brasileiro: Paulo Autran. Com uma iniciativa da Fundação Cultural Promon, nos inícios da década de 90, o quarteto Shostakovich foi convidado para fazer uma apresentação na então Sala São Luiz, com uma recepção muito favorável, lembra Carlos Siffert. Por sua iniciativa, fez contatos com o saudoso Paulo Autran e pediu-lhe que fizesse as leituras na noite da apresentação. Segundo Carlos Siffert, ele o fez com muita classe e simplicidade. Terminada a apresentação, percebeu que os russos do quarteto estavam muito emocionados - e lhe disseram que, embora não tivessem entendido uma palavra do que o Paulo dissera, ele lhes tinha transmitido a emoção, a devoção com que fizera a leitura.

> Sala de Concerto
Quarta-feira, 14 de novembro de 2007, 22h00
Apresentação: Teça Lima
Produção: Adriana Braga


Laudate Dominum

Johann Rosenmüller e o germanismo do seculo XVII




No programa do pianista e compositor Amaral Vieira desse domingo, 18 de novembro, você poderá ouvir uma das grandes obras corais do século XVII de um compositor que ainda não transitou com freqüência nessas histórias da música. Junto a Johann Schmelzer ( c.1620-1680) e Heinrich Ignaz von Biber (1644-1704), Johann Rosenmüller (c.1619-1684) é responsável também pela expansão da música instrumental de câmara durante o médio barroco na Alemanha. Embora nascido na Saxônia, Rosenmüller desenvolveu quase toda sua atividade musical na Itália, onde ocupou o cargo de trombonista na Basílica de São Marcos, em Veneza. Com um discurso elaborado, caracterizado pela inventiva da concepção harmônica, suas obras tornaram-se referências para seus contemporâneos em toda a Europa e principalmente na Alemanha, para on de regressou no final de sua vida. Em Wolfenbüttel, tornou-se Mestre de Capela, e as suas composições instrumentais vieram a estabelecer um canal privilegiado para a transmissão do estilo italiano às regiões do Norte da Alemanha. Morreu em 11 de setembro de 1684. Escreveu numerosas cantatas, uma coleção de 40 motetos (3 a 7 vozes com instrumentos), suítes instrumentais de danças e sonatas (2 a 5 vozes).

> Laudate Dominum
Domingo, 18 de novembro de 2007 - 09h00
Apresentação: Amaral Vieira
Produção: Fernando Shidomi



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