quarta-feira, março 26, 2008

As praticas musicais nas cortes de Darmstadt, Paris e Berlim


Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 25 de março de 2008

Música nas Cortes

Darmstadt, Paris e Berlim.




O quarto programa da série apresentará as praticas musicais nas cortes de Darmstadt, Paris e Berlim. A música nas cortes deveria seguir um padrão de gosto, obviamente que reproduzisse o gosto do mecenas e do cortesão. E é isso que podemos observar em toda a Europa desde os tempos de Luiz XIV até o esfacelamento paulatino dessas instituições monárquicas e das transformações na linguagem musical. Era preciso que o compositor considerasse o princípio da funcionalidade da obra e a devida correspondência com os aspectos morais e espirituais permitidos ou em uso no seu espaço social. Até esse momento, e no caso do Brasil até a instalação da corte, seria pensar a arte como "arte utilitária", antes de se tornar realmente arte, na concepção moderna do termo. É isso que propõe o sociólogo Norbert Elias: Num ca so em que o artista-artesão trabalha para um cliente conhecido, o produto normalmente é criado com um propósito específico, socialmente determinado... Não importa que seja uma festividade pública ou um ritual privado - a criação de um produto artístico exige que a fantasia pessoal do produtor se subordine a um padrão social de produção artística, consagrado pela tradição e garantido pelo poder de quem consome a arte. Esse programa mostra as músicas de Marin Marais, Augustin Dautrecourt, Signeur de Saint-Colombe, Christoph Graupner e Carl Phillip Emanuel Bach. Mudanças diretamente relacionadas com as práticas musicais, como a publicação do Les Beaux Arts réduits à un même principe, de Charles Batteux (1746), as Observations sur la musique et sur la metaphysique de l'art, de Michel Paul Guy de Chabenon (1779), as teorias contidas na Encyclopédie, o advento de novos instrumentos - como o fortepiano e o clarinete, também difundidos no Brasil joanino - e novas formas musicais (cita-se a sonata, o quarteto de cordas e a sinfonia) construíram o gosto clássico.

> Música nas Cortes.
Apresentação: Maurício Monteiro.
Sexta-feira, 28 de março de 2008, 20h00.


O Prazer da Música

Carlo Maria Giulini




Carlo Maria Giulini foi um desses mestres na arte da interpretação e ainda mais, dizem seus contemporâneos e amigos que regia somente as músicas que gostava; em termos de sensibilidades, preferia as interpretações líricas e meditativas e pelo som rico que conseguia tirar das orquestras. Nascido em 1914, estudou na Academia de Santa Cecília (Roma) e fez primeira carreira como violista na orquestra dessa instituição, sob a regência dos maiores nomes da música de concerto: Klemperer, Walter, Furtwängler, Kleiber, Strauss, Stravinsky, Mengelberg e Monteux. Além dessa habilidade e de total sensibilidade para a música, Carlo Maria Giulini entrou para a história como o maestro estreante em um concerto no ano de 1944, uma celebração pela libertação de Roma. Quatro anos mais tarde, dirigiu a primeira ópera, L a Traviata, em Bergamo; em 1952, estreou no Scala com La Vida Breve, de Manuel de Falla. Entretanto, nessa época, já conhecera Toscanini (1951) o velho gênio da batuta que se interessara pela sua recuperação/redescoberta da ópera Il Mondo della Luna, de Joseph Haydn, e quisera conhecer o então diretor da Orquestra da RAI de Milão. O seu repertório sinfônico de eleição está amplamente documentado em disco (DG, Sony), com gravações de Bruckner (sinfonias 2, 7-9), Mahler (sinfonias 1, 9 e A Canção da Terra), Dvorák (sinfonias 7-9), Brahms (integral, Réquiem Alemão), Beethoven (integral e Missa Solemnis), Schumann (Renana), Schubert (sinfonias 4, 7 e 9), Mozart (sinfonias 40 e 41), Tchai-kovsky (sinfonias 2 e Patética) e Mussorgsky (Quadros de uma Exposição). Na ópera, Giulini deixou, sobretudo a Traviata de 55, uma Italiana em Argel de 54, um Don Giovanni de 59, um Rigoletto de 79 e um Falstaff de 82.

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O Prazer da Música
Apresentação: Marcelo Jaffè
Sábado, 29 de março de 2008, 9h00
Produção: Biancamaria Binazzi.



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terça-feira, março 18, 2008

As Veias Musicais da America Latina


Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 18 de março de 2008

Laudate Dominum

As Veias Musicais da America Latina



No domingo da páscoa, você, ouvinte, poderá despertar com um repertório interessantíssimo apresentado pelo compositor e pianista Amaral Vieira. Trata-se de um passeio auditivo pelas músicas da América Latina dos séculos XVII e XVIII, onde se pode observar como o nosso barroco se diferenciou do mesmo estilo na Europa. A América latina que conhecemos hoje está muito distante do que geograficamente era no período colonial, dominado pela coroa espanhola e portuguesa, desde o século XVI até princípios do XIX. Na América Hispânica do século XVIII, quatro vice-reinados se repartiam em sua ampla extensão: Os vice-reinos da Nueva España (hoje México, Guatemala e Panamá); o de Nueva Granada (atualmente Venezuela e Colombia) o do Rio de la Plata (particularmente a Argentina) e por fim, o do Alto Perú (agrupando Perú e Bolívia). O papa criou para as conquistas, os sistemas de padroado e patronato régios. Esses sistemas permitiram que os monarcas nomeassem ou destituíssem bispos, padres e cléricos das ordens regulares, que fizessem a conversão pela cruz e pela espada, pelo trono e altar e, que fizessem uma "guerra justa", segundo o conceito de Juan Ginés de Sepúlveda. No processo da conquista, estiveram presentes os padres das ordens regulares, como os jesuítas, os franciscanos e os oratorianos. Encarregados de evangelizar os índios, usaram da música como veículo de conversão. Criaram instrumentos, músicas e uma forma americana de interpretar. Em 1617, por exemplo, chegou ao porto de Buenos Aires, o padre jesuíta Louis Berger, para se incorporar à Missão de Santo Inácio, no Alto Paraná.

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Laudate Dominum
Apresentação: pianista e compositor Amaral Vieira
Domingo, 23 de março de 2008, 9h00
Produção: Fernanda Shidomi


Tema e Variações

A Áustria Clássica



A Áustria é o berço da musicalidade, dos mais destacados na história da música Ocidental. Foi lá que surgiram tantos nomes e tantas obras que não só marcaram as transformações estilísticas da música tonal, como também retrataram a mudança das mentalidades no Ocidente. E é exatamente isso que o maestro Julio Medaglia falará no seu programa diário, sempre às 11 horas da manhã. Pode-se compreender o classicismo, ou melhor, a música clássica, na forma e na estrutura. As frases ou melodias são claramente subdivisíveis e estão ligadas umas às outras de forma coerente. Há uma periodicidade e simetria formal que personalizam e geram uma nova continuidade. Para o ouvinte, a música clássica, com sua coerência periódica e, sobretudo devido a ela, com essa simetria melódica e harmônica, parece mais compreensível e at raente, é isso que nos aponta Marc Vignal: "O material melódico de uma obra clássica, mesmo submetida às mais radicais modificações, conserva sua identidade para o ouvinte, graças principalmente a certa constância do ritmo". A supremacia da melodia foi também a supremacia da voz. As linhas melódicas que estavam nas vozes dos cantores, com suas temáticas religiosas ou seus textos dramáticos e heróicos (de que os príncipes gostavam), deveriam fazer que o sentido textual fosse claramente perceptível, inteligível e mais ainda, expressivo no seu conteúdo.

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Tema e Variações
Apresentação: maestro Julio Medaglia.
Sexta-feira, 21 de março de 2008, 11h00
Produção: Marta Fonterrada.



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terça-feira, março 11, 2008

Nacionalismo e aristocracia


Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 11 de março de 2008

OSESP AO VIVO

Nacionalismo e aristocracia




No sábado, dia 15, é a vez do programa "OSESP ao Vivo", em gravações exclusivas da Radio Cultura FM. A programação de sua tarde será dedicada a dois compositores que de uma forma ou de outra, estiveram comprometidos com a busca de um ideal de nacionalismo, seja ele programático ou autóctone: Alberto Nepomuceno e Béla Bártok. Outros dois, de origem aristocrática, tornaram-se referencias na música em seus países de origem: Chausson e Rimsky-Korsakov. No Brasil, Alberto Nepomuceno tomou as iniciativas de uma busca de identidade, ainda distante. Nepomuceno viveu um período complicado que abarcava momentos ruidosos como o abandono da figura mitificada do índio, a abolição tardia do processo escravista, o "embonecar de uma república temporã", como ironizou Mário de Andrade e ainda mais, o processo de indust rialização do Brasil. Mesmo assim, surgiu como um marco na nossa identidade musical. Bartók é considerado um dos maiores compositores do século XX. Foi um dos fundadores da etnomusicologia e do estudo da antropologia e etnografia da música. Juntamente com seu amigo, o compositor Zoltán Kodály, percorreu cidades do interior da Hungria e Romênia, onde recolheu e anotou um grande número de canções de origem popular.

> OSESP ao Vivo
Sábado, 15 de março de 2008, 16h30
Apresentação: Fabio Malavoglia
Produção: Julio de Paula
Gravações de externas: Luis Carlos 'Tutu' e Valter Lima



Delicatessen

A Mudança dos Afetos




No programa Delicatessen dessa sexta-feira próxima, você poderá ouvir três dos maiores ícones da música ocidental: Bach, Haydn e Beethoven, além, é claro, do compositor francês Charles Albert Paul Marie Roussel (1869-1937). Bach sintetizou e esgotou, praticamente, o que havia na linguagem da música tonal até seu tempo, por volta do ano de 1750. Pode-se entender Bach como um gênio que sabia o que estava fazendo; Bach é Bach: o matemático e o físico da religiosidade harmônica luterana. Haydn por sua vez procurou o equilíbrio entre a melodia e a harmonia; buscou a simetria daquilo que chamaríamos de classicismo vienense; foi professor de Mozart e Beethoven. Haydn se estabeleceu na História da Música Ocidental pela sua magnífica percepção de equilíbrio e, ao mesmo tempo, da empfindsamkeit, ou seja , da sensibilidade, da variedade das emoções. Beethoven não é Bach, não foi Haydn, mas chorou e amou os dois. Chorou o silencio da sturm und drang, da tempestade e do ímpeto, chorou as dinâmicas perfeitamente emotivas de uma arquitetura sonora que dramatizou o mundo. Albert Roussel foi matemático e marinheiro, depois deve ter ouvido e pensado muito em Bach, Beethoven e Haydn e foi estudar com Eugene Gigout e Vincent D'Indy. Foi professor de Varèse e Satie.

> Delicatessen
Sexta-feira, 14 de março de 2008, 13h00
Apresentação: Kika Leói
Produção: Fernanda Shidomi



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quarta-feira, março 05, 2008

Homenagem a Giuseppe Di Stefano



Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 04 de março de 2008

NOVIDADES NO AR

Programação Renovada



Neste mês de março a Radio Cultura FM traz aos ouvintes algumas novidades na sua grade de programação que inclui programas novos na faixa das 20 horas. Segunda-feira: As mil e uma interpretações com Turíbio Santos.; terça-feira, Roberto, Clara e João, com Carlos Siffert; sexta-feira, Música nas Cortes, com Maurício Monteiro. Aos sábados, sempre às 15 horas: Prisma - A Versatilidade da Orquestra, com Fabio Prado. Das 16 horas às 16h30min, o repertório para sopros aparece no programa "Sopros - madeiras e metais", apresentado por Cynthia Gusmão. Teremos também algumas reapresentações a pedidos de ouvintes: o programa "OSESP ao vivo", agora será representado às 22 horas das quartas-feiras, no programa "Sala de Concerto". Aos domingos, a primeira mudança acontece com o programa "Supertônica - a música acima de qualquer suspeita" de Arrigo Barnabé será reapresentado às 11 horas da manhã. O programa "Banchetto Musicale" volta ao meio-dia. Também no domingo, o violonista Fábio Zanon discute o repertório violonístico, sempre às 13 horas. O programa "Vozes" da maestrina Naomi Munakata será reapresentado às 19 horas. O Programa "Mapa Múndi - uma geografia dos sons", volta às 23 horas de domingo.

> Radio Cultura FM, 103,3 Mhz
falecom@culturafm.com.br
Fundação Padre Anchieta


O Mundo da Ópera

Homenagem a Giuseppe Di Stefano



Giuseppe Di Stefano, O famoso tenor italiano, morreu nesta última segunda-feira (03/03/2008) em Milão aos 87 anos, após quatro anos em coma, informou a agência musical "Studio Musica". Di Stefano, que nasceu na localidade siciliana de Motta di Santa Anastasia em 24 de julho de 1921, estava em coma desde 7 de dezembro de 2004, devido aos ferimentos causados quatro dias antes por vários assaltantes que invadiram sua casa de Diani (Quênia). Em 23 de dezembro de 2004 foi transferido a um hospital de Milão, onde permanecia internado até hoje. O nome de Di Stefano, cuja carreira artística se desenvolveu entre as décadas de 40 e 70, está ligado ao de Maria Callas, com quem cantou em várias ocasiões e com a qual estreou em 1951 em São Paulo. Com Maria Callas formou uma das duplas mais famosas do mundo da ópera, com quem apresentou, entre outras, "I Puritani", de Vincenzo Bellini; "Lucia di Lammermoor", de Gaetano Donizetti; "I Pagliacci", de Ruggero Leoncavallo; "Cavalleria Rusticana", de Pietro Mascagni; "La Bohème", e "Tosca" de Giacomo Puccini; "Manon Lescaut (Des Grieux)", de Jules Massenet, ou "Un Ballo in maschera", de Giuseppe Verdi. A Rádio Cultura FM fará uma homenagem ao saudoso tenor no programa "O Mundo da òpera" neste sábado, oito de março de 2008. Com a apresentação do maestro Walter Lourenção, você poderá ouvir e recordar a dupla Di Stefano/Maria Callas em uma programação especial, que contará com obras de Bellini, Verdi e Puccini.

> O Mundo da Ópera
Sábado, 08 de março de 2008, 20h00
Apresentação: Maestro Walter Lourenção
Produção: Sonia de Lutiis.



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