As praticas musicais nas cortes de Darmstadt, Paris e Berlim
Terça-feira, 25 de março de 2008 |
Música nas Cortes |
Darmstadt, Paris e Berlim.
O quarto programa da série apresentará as praticas musicais nas cortes de Darmstadt, Paris e Berlim. A música nas cortes deveria seguir um padrão de gosto, obviamente que reproduzisse o gosto do mecenas e do cortesão. E é isso que podemos observar em toda a Europa desde os tempos de Luiz XIV até o esfacelamento paulatino dessas instituições monárquicas e das transformações na linguagem musical. Era preciso que o compositor considerasse o princípio da funcionalidade da obra e a devida correspondência com os aspectos morais e espirituais permitidos ou em uso no seu espaço social. Até esse momento, e no caso do Brasil até a instalação da corte, seria pensar a arte como "arte utilitária", antes de se tornar realmente arte, na concepção moderna do termo. É isso que propõe o sociólogo Norbert Elias: Num ca so em que o artista-artesão trabalha para um cliente conhecido, o produto normalmente é criado com um propósito específico, socialmente determinado... Não importa que seja uma festividade pública ou um ritual privado - a criação de um produto artístico exige que a fantasia pessoal do produtor se subordine a um padrão social de produção artística, consagrado pela tradição e garantido pelo poder de quem consome a arte. Esse programa mostra as músicas de Marin Marais, Augustin Dautrecourt, Signeur de Saint-Colombe, Christoph Graupner e Carl Phillip Emanuel Bach. Mudanças diretamente relacionadas com as práticas musicais, como a publicação do Les Beaux Arts réduits à un même principe, de Charles Batteux (1746), as Observations sur la musique et sur la metaphysique de l'art, de Michel Paul Guy de Chabenon (1779), as teorias contidas na Encyclopédie, o advento de novos instrumentos - como o fortepiano e o clarinete, também difundidos no Brasil joanino - e novas formas musicais (cita-se a sonata, o quarteto de cordas e a sinfonia) construíram o gosto clássico. Música nas Cortes. |
O Prazer da Música |
Carlo Maria Giulini
Carlo Maria Giulini foi um desses mestres na arte da interpretação e ainda mais, dizem seus contemporâneos e amigos que regia somente as músicas que gostava; em termos de sensibilidades, preferia as interpretações líricas e meditativas e pelo som rico que conseguia tirar das orquestras. Nascido em 1914, estudou na Academia de Santa Cecília (Roma) e fez primeira carreira como violista na orquestra dessa instituição, sob a regência dos maiores nomes da música de concerto: Klemperer, Walter, Furtwängler, Kleiber, Strauss, Stravinsky, Mengelberg e Monteux. Além dessa habilidade e de total sensibilidade para a música, Carlo Maria Giulini entrou para a história como o maestro estreante em um concerto no ano de 1944, uma celebração pela libertação de Roma. Quatro anos mais tarde, dirigiu a primeira ópera, L a Traviata, em Bergamo; em 1952, estreou no Scala com La Vida Breve, de Manuel de Falla. Entretanto, nessa época, já conhecera Toscanini (1951) o velho gênio da batuta que se interessara pela sua recuperação/redescoberta da ópera Il Mondo della Luna, de Joseph Haydn, e quisera conhecer o então diretor da Orquestra da RAI de Milão. O seu repertório sinfônico de eleição está amplamente documentado em disco (DG, Sony), com gravações de Bruckner (sinfonias 2, 7-9), Mahler (sinfonias 1, 9 e A Canção da Terra), Dvorák (sinfonias 7-9), Brahms (integral, Réquiem Alemão), Beethoven (integral e Missa Solemnis), Schumann (Renana), Schubert (sinfonias 4, 7 e 9), Mozart (sinfonias 40 e 41), Tchai-kovsky (sinfonias 2 e Patética) e Mussorgsky (Quadros de uma Exposição). Na ópera, Giulini deixou, sobretudo a Traviata de 55, uma Italiana em Argel de 54, um Don Giovanni de 59, um Rigoletto de 79 e um Falstaff de 82. |
Cultura FM, a frequência dos clássicos |
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