Novo Mundo - A Música das Américas

Terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sala de Concerto

Richard Strauss Richard Strauss nasceu de uma familia onde a música predominava, tanto profissionalmente como uma prática diletante. O pai, por exemplo, era o primeiro trompista da orquestra da Ópera de Munique, com uma trajetória que, há de se convir, impressiona pelas participações: tocou na estréia de Tristão e Isolda e Die Meistersinger, revisou as partes de trompa dos originais de Siegfried e foi muito elogiado pelo próprio Wagner, que gostava de ouvi-lo tocar solos das partes de trompa de suas óperas. Richard, seguindo os passos do pai, começou a estudar violino e harpa e antes dos dez anos de idade, já havia escrito uma serenata para instrumentos de sôpro. Em 1894 ele foi convidado por Cosima Wagner a reger Tannhäuser em Bayreuth, tornando-se amigo da viúva de Wagner. Durante a Primeira Guerra Mundial Rich ard Strauss foi ardente partidário da dinastia dos Hohenzollern. Apesar disso, durante a década que se seguiu à derrota da Alemanha o músico foi acolhido internacionalmente com calor e respeito. Em 1923 Richard Strauss esteve no Brasil, onde deu memoráveis concertos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Dez anos depois, após a subida de Hitler ao poder, Richard Strauss aceitou ser nomeado diretor do Reichsmusikkammer, o que lhe gerou suspeitas de simpatia com o nazismo; a conseqüência foi desconfortante: sofreu o desdém de outros músicos que protestaram veementemente contra o regime nazista, dentre eles Toscanini, Arthur Rubinstein e Otto Klemperer. Após a derrota de Hitler em 1945 os Aliados instalaram na Alemanha um comitê de desnazificação, e Richard Strauss foi chamado a depor, mas o tribunal o inocentou de qualquer filiação ao partido nazista. Convidado a reger seus concertos em Londres em 1947, foi recebido entusiasticamente. Sala de Concerto Sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008, 22h00 Apresentação: Teresa Lima Produção: Adriana Braga

Novo Mundo - A Música das Américas

O programa Novo Mundo - Música das Américas desse domingo próximo apresenta obras de compositores latino-americanos e que, por um viés ou outro, alinhavaram suas linguagens com os elementos étnicos e culturais de suas nações: o mexicano Carlos Chávez, o argentino Alberto Ginastera, o Paganini da Floresta (Augustin Barrios Mangoré) e o brasileiro Heitor Villa-lobos. O mexicano Carlos Chávez - nascido em 1899 e morto em 1978 - traz em suas obras as fortes influências das heranças pré-colombianas dos astecas e maias. Com ritmos e modos musicais indígenas, Chavez ainda explorou na Sinfonia Índia (obra que ouviremos no dia 02 de março) timbres e as repetições primitivistas. Nas obras de Heitor Villa-Lobos, como no caso do Amazonas que consta em nossa programação, os mitos da floresta se entrecruzam com a obse rvação do cotidiano. Amazonas foi inspirada em um sonho do pai do compositor, Raul Villa-Lobos, cujo argumento trata de uma jovem índia da floresta que, ao desfrutar de prazeres e desejos próprios, tem a graciosidade e o perfume, confiscados pelo deus dos ventos tropicais. Alberto Ginastera foi um dos mais interessantes compositores do período nacionalista Argentino. Nascido em 1916 e morto em 1983, Ginastera, na verdade, imprimiu várias estilísticas em suas obras: do nacionalismo declarado em suas primeiras obras dos anos 30 do século passado, ao estilo neoclássico, ou nacionalismo subjetivo, como ele próprio preferia lhe atribuir. O Concerto para cordas que ouviremos em nossa programação foi escrito em 1965, a pedido de Eugeny Ormandy para a orquestra da Filadélfia. Augustin Barrios Mangoré foi um dos mais atraentes compositores paraguaios do século XX; escreveu cerca de 300 obras para violão, sempre buscando referências de sua atividade popular e cotidiana, encontradas em formas de danças folclóricas. Devido sua habilidade e virtuosismo, foi apelidado de Paganini da Floresta do Paraguai. Novo Mundo - Musica das Américas Domingo, 02 de março de 2008, 19h00 Apresentação: Alfredo Alves Comentários: Maurício Monteiro

Cultura FM, a frequência dos clássicos

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Gêneros e Formas

Terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Banchetto Musicale

Gêneros e Formas O Banchetto Musicale desse domingo próximo apresentará um panorama de alguns dos muitos gêneros dentro do período denominado por barroco: o concerto grosso, o concerto solista, a forma suíte, a abertura e a forma sonata. No mesmo programa, você poderá ouvir o que as heranças medievais e renascentistas deixaram de legado na linguagem da música dos século XVII e da primeira metade do século XVIII. A forma sonata se opôs, em princípio, à cantata. Os nomes diziam exatamente que uma obra deveria ser soada, tocada e que a outra, deveria ser cantada. Do italiano "suonare". Os primeiros exemplos de sonata remontam ao final do século XVI. A mais famosa sonata deste período é de autoria de Giovani Gabrieli, a sonata pian'e forte, para violino, corneto e seis trombones (ou sacabuxas). Já nos séculos seguintes, so bretudo o final do XVII e por todo o século XVIII, a sonata se transformou em quatro gêneros: a solo, geralmente para teclado/a due parte/ a tre parte - ou trio-sonata/ e a quatro parte. A sinfonia, ao contrário da sonata, pede um conjunto instrumental mais amplo - na verdade pode- se dizer que a sinfonia é uma forma de sonata para orquestra. As formas mais significativas que deram origem à sinfonia foram a trio-sonata, a abertura italiana e o concerto grosso. Na década de 1740 tinha surgido o modelo em quatro movimentos na sinfonia, o que contribuiu para um amplo desenvolvimento junto aos compositores pré-clássicos. Banchetto Musicale Domingo, 24 de fevereiro de 2008, 11h00 Apresentação: Alfredo Alves Comentários e produção: Maurício Monteiro

Concertos do meio-dia

Concierto del Sur Nos concertos do meio-dia dessa próxima quinta-feira, o maestro Walter Lourenção apresentará uma das obras mais importantes para violão de Manuel Ponce, na interpretação de Sharon Isbin. O Concierto del Sur, foi escrito e dedicado a Andres Segóvia, seu amigo de longa data e virtuose do violão. Manuel María Ponce Cuéllar nasceu no dia 8 de dezembro de 1882 na cidade de Fresnillo, Zacatecas, México. Foi um importante compositor mexicano ativo no século XX. Seus trabalhos como compositor, professor de música e pesquisador de música mexicana conectaram o ambiente de concerto com a tradição quase esquecida das canções populares e folclore mexicano. Citações constantes de traços formais e harmônicos da música folclórica mexicana caracterizaram alguns de seus períodos composicionais. Foi famoso por ser um fen ômeno musical. Segundo seus biógrafos, ele mal tinha quatro anos de idade quando, depois de ouvir as aulas de piano se sua irmã Josefina, sentou-se na frente do instrumento e interpretou uma das peças que havia ouvido. Imediatamente, seus pais fizeram-no receber aulas de piano e notação musical. Concertos do meio-dia Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008 Apresentação: maestro Walter Lourenção Produção: Ralf Schwarcz

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The Metropolitan Opera

Sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

The Metropolitan Opera

A Valquiria No resgate e popularização da mitologia nórdica, poucas narrativas fascinam tanto como a do mito das Valquírias. Celebradas pela música wagneriana, pela literatura, cinema e até mesmo pelas histórias em quadrinhos, as guerreiras de Odin ocupam um lugar especial em nosso imaginário sobre a cultura dos Vikings. O drama musical A VALQUÍRIA é o segundo do ciclo O ANEL DO NIBELUNGO, de Richard Wagner, que teve os libretos escritos pelo compositor com base em diversas fontes da mitologia germânica e escandinava. A VALQUÍRIA estreou em 1870, no Teatro da Corte de Munique, enquanto o ciclo completo foi apresentado pela primeira vez em 1876, em Bayreuth, na inauguração do teatro projetado especialmente para as apresentações dos dramas de Wagner. No Metropolitan, A VALQUÍRIA estreou em 1885. No Rio de Janeiro e em São Paulo, o drama musical chegou no mesmo ano, 1913. Neste próximo domingo, dia 10 de fevereiro de 2008, a Radio Cultura FM de São Paulo começa as suas transmissões do Metropolitan Opera House de Nova Iorque e justamente com essa obra de Richard Wagner, gravada diretamente da apresentação ao vivo, acontecida no dia 2 de fevereiro de 2008. Esta é a septuagésima sétima temporada de transmissões radiofônicas do MET, a mais longa série de música erudita da história do rádio na América, série que também é ouvida na Europa e no Canadá. Esta apresentação de A VALQUÍRIA marca a volta do maestro Lorin Maazel ao Metropolitan, depois de quarenta e cinco anos! A última ópera que Maazel regeu no MET foi DON GIOVANNI, em 1963, ainda no antigo teatro. No elenco, vamos ouvir grandes cantores vagnerianos da atualidade: James Morris (Wotan), Lisa Gasteen (Brünnhilde), Deborah Voigt (Sieglinde), Clifton Forbis (Siegmund) e Michelle DeYoung (Fricka). Na transmissão você poderá ouvir ainda u ma entrevista com o maestro Lorin Maazel, traduzida para o português pelo maestro Walter Lourenção. A Rádio Cultura FM, transmite essa gravação e gera simultaneamente o sinal com a nossa produção para as rádios Brasília Super Rádio FM e MEC FM do Rio de Janeiro. Teatro de Ópera - domingo, 10 de fevereiro de 2008, 15h00 Metropolitan Opera House - A Valquiria. Apresentação: Maestro Walter Lourenção Produção: Glaucia Molina.

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