sexta-feira, novembro 25, 2005

Parsifal - Sinopse

Stephen Milling as Gurnemanz and Christopher Ventris as Parsifal in Seattle Opera's production of Richard Wagner's Parsifal. Photo by Chris Bennion (2003).


Ópera em Três Atos

Música de Richard Wagner

Texto em alemão do compositor, baseado em Parzifal de Wolfram von Eschenbach e das Lendas do Graal de Chrétien de Troyes


Première Mundial: Bayreuth, Festspielhaus, 26 de julho de 1882

Personagens:

Amfortas, filho de Tuturel e soberano do reino de Graal (baixo-barítono),
Titurel, o antigo soberano (baixo),
Gurnemanz, veterano cavalaeiro do Graal (baixo),
Klingsor, mago (baixo),
Parsifal (tenor),
Kundry (soprano),
Primeiro e segundo cavaleiros (tenor, baixo),
Quatro escudeiros (sopranos, tenores),
Seis das donzelas das flores de Klingsor (sopranos).

A fraternidade dos cavaleiros do Graal, jovens e meninos, donzelas das flores (dois coros de sopranos e contraltos)

Sinopse:

Ato I

Espanha Medieval. Em uma floresta próxima ao templo do Santo Graal em Monsalvat, Gurnemanz fala a um grupo de jovens cavaleiros sobre Amfortas, o guardião do graal e sua visão na qual um "tolo puro torna-se sábio através da compaixão" se tornará, um dia, o rei do Graal. Seu líder, Amfortas, passa a caminho de seu banho. Seguindo-o está uma mulher estranha e desgrenhada chamada Kundry, que trás um bálsamo para a ferida de Amfortas, que nunca cicatriza e que lhe causa grande sofrimento.

Após o sofredor Amfortas ser trazido para o lago, Gurnemanz diz a seus companheiros como Kundry traiu seu rei colocando-o nas mãos do feiticeiro Klingsor. Klingsor, furioso porque ele não foi aceito na fraternidade dos cavaleiros, capturou a Santa Lança - que havia ferido Cristo - de Amfortas e infligiu-lhe uma ferida que somente poderá ser cicatrizada por um jovem inocente que se transformará em sábio através da compaixão.

De repente, um cisne cai no chão, abatido por uma flecha. Os cavaleiros arrastam um jovem que está envergonhado, mas que não consegue explicar sua conduta, nem mesmo dizer qual é o seu nome. Gurnemanz, sentindo que ele poderia ser o salvador que eles estavam procurando, convida o rapaz para ir ao templo onde um ritual sagrado devia ser observado.

No Hall do Santo Graal, Amfortas e os cavaleiros preparam-se para comemorar a Última Ceia de Cristo. Amfortas hesita em descobrir o cálice, seu sofrimento aumentando na presença do sangue de Cristo. O rapaz, Parsifal, sente seu coração se apertar quando Amfortas grita de dor. Os cavaleiros descobrem o Santo Graal e quando ele lança seu brilho benéfico, a comunhão é celebrada. Quando Gurnemanz questiona Parsifal sobre o que ele viu, o jovem balança sua cabeça sem compreender. Desapontado, Gurnemanz o retira.

Ato II

Na torre de seu castelo mágico, Klingsor manda sua escrava Kundry, disfarçada em uma linda mulher, seduzir um estrangeiro bonito. O jovem a quem Gurnemanz retira do templo entra no jardim mágico de Klingsor e é cercado pelas Mulheres-Flores do feiticeiro. Kundry chama-o pelo nome, Parsifal, e tenta seduzi-lo fazendo-o lembrar-se de sua infância e de sua mãe. Mas, quando ela o beija, ele foge. Solidariamente entendendo a agonia de Amfortas, Parsifal é capaz de resistir a Kundry.

Como último recurso, Klingsor arremessa a Santa Lança nele. Pegando-a em pleno vôo, Parsifal faz o sinal da Cruz e o domínio de Klingsor desaparece.

Ato III

Anos mais tarde, Gurnemanz, agora um ermitão e idoso, encontra a exausta Kundry próxima à sua cabana. Quando ele a revive, um cavaleiro estranho, usando uma armadura, se aproxima. Com entusiasmo crescente, Gurnemanz reconhece, primeiramente, a Santa Lança e, depois, aquele que a segura. Quando Parsifal exclama em razão da beleza dos campos na primavera, o ermitão responde que é a magia da Sexta-Feira Santa.

Os três viajam até o templo do Santo Graal. Em meio ao regozijo solene, Parsifal alivia o sofrimento de Amfortas e toma seu lugar como o novo rei dos cavaleiros. Kundry morre pacificamente enquanto Parsifal eleva o Graal para liderar os cavaleiros na celebração da comunhão.

Jacques

Baseado na sinopse publicada pela Metropolitan Opera International Radio Broadcast Information Center e no Kobbe - O Livro Completo das Óperas

:

Blogger Dalva M. Ferreira said.

Salvaguardando a distância de mil anos-luz entre a cultura européia e a nossa pobre tradição popular, o enredo desta ópera me fez lembrar os "dramas" que se levavam nos circos, quando éramos tão inocentes, tão puros quanto Parsifal, e portanto capazes de chorar copiosamente, emocionados das cenas. O objeto de culto, a magia criada pelas luzes coloridas na noite, tudo aquilo ficou gravado em algum lugarzinho do meu subconsciente.

Obrigada, jacques!

25 novembro, 2005 20:53  

Postar um comentário

<< Home