La Favola d'Orfeo - Sinopse
Ópera em um prólogo e cinco atos de Claudio Monteverdi. Libreto de Alessandro Striggio.
Estréia: apresentação privada na Accademia degl'Invaghiti, Mântua, fevereiro de 1607. Em agosto de 1607, a ópera foi apresentada em Cremona, cidade natal de Monteverdi, é provável que tenham ocorrido montagens cênicas em Turim, Florença e Milão.
Orfeo seria ouvida novamente apenas em 1904, em Paris, em versão de concerto adaptada por Vincent d'Indy, wm 1909 em Milão e em outras cidades italianas, adaptadas por Giacomo Orefice. A primeira encenação moderna data de 1911, na versão d'Indy.
A partir numerosas versões se seguiram, sendo que a versão de 1981, adaptada por John Eliot Gardiner, com Anthony Rolfe Johnson e montada por David Freeman, para o English National Opera é considerada como padrão em nossos dias.
Personagens:
A Música (no prólogo, soprano),
Orfeo, poeta (soprano ou tenor),
Eurídice, sua mulher (soprano),
Uma Ninfa (soprano),
Quatro pastores (três tenores, baixo),
Mensageiro (soprano),
A Esperança (soprano),
Prosérpina, rainha do Mundo das Trevas (soprano),
Plutão, rei do Mundo das Trevas (baixo),
Apolo (tenor ou barítono)
Ninfas, pastores, espíritos do Mundo das Trevas
Sinopse:
Ato I
Pastores e ninfas se regozijam pelo casamento de Orfeo e Eurídice. Os dois pastores e a ninfa têm estrofes soladas entre os coros e o próprio Orfeo canta a primeira ária "Rosa del Ciel". Seguem-se uma stanza para Eurídice e os coros são repetidos. O ato termina com um belo coro manifestando o desejo de que a felicidade geral não traga a infelicidade dos amantes.
Ato II
Dominado pela grande cena do mensageiro e pelo lamento de Orfeo, começa um longo e belo episódio pastoral. Um breve solo de Orfeo é seguido de uma canção estrófica para o segundo pastor e de um dueto para os dois pastores, cada qual com duas estrofes antecedidas de ritornellos. Os pastores cantam uma terceira estrofe, enquadrada por um novo ritornello e a cena conclui-se com um breve coro em que os pastores pedem a Orfeo que cante. Ele entoa "vi ricordo o boschi ombrosi", em quatro estrofes precediadas de um ritornello executadas por cinco viole da braccio, um contrabaixo de viola, dois clavicembali e três chitarroni (NT: Intrumentos antigos). É uma ária simples e despreocupada, estabelecendo à perfeição o clima de alegria e felicidade que, depois de elogiado o canto de Orfeo pelo pastor, será abruptamente rompido à chergada do mensageiro com a notícia da morte de Eurídice.
A serenidade e a felicidade de Orfeo despertaram a inveja dos deuses, o coro logo se mostra apreensivo com a natureza da mensagem que chega, só Orfeo não parece dar-se conta de que a tragédia se avizinha. O mensageiro canta "Ahi caso acerbo" sobre uma linha melódica mais adiante repetida pelos pastores e o coro. É um solo de grande grande relevo emocional e dramático e as poucas frases de diálogo com Orfeo no início, rematadas com o seu dolorido grito de "Ohimé", acumulam extraordinária intensidade pelos meios mais simples.
Encerrado o relato do mensageiro, a primeira reação de horror é a dos pastores (Ahi caso acerbo")> mais um instante e Orfeoataca seu lamento "Tu se'morta, se'morta mia vita", breve, de emoção contida, clássico mesmo, mas de inegualável poder de evocação na música e com uma conclusão (" A dio terra, a dio cielo, e Sole, a Dio") de simplicidade e de arrebatamento absolutamente comoventes.
O coro e os pastores cantam um elaborado treno sobre as mesmas palavras "Ahi caso acerbo" e pranteiam o triste destino de Eurídice, mordida por uma serpente, e Orfeo, transido de dor.
Ato III
Em tom de impressionante solenidade, Orfeo é confrontado com a Esperança. Decide ir à busca de Eurídice nos infernos. Na orquestração, sente-se a presença dos trombones. às sombrias declarações de Cáron sucede-se a tentativa de Orfeo de conseguir o acesso aos infernos graças à beleza de seu canto. É uma ária de rica ornamentação, verdadeiro teste de virtuosismo e, como que quisesse enfatizar esta característica, Monteverdi indica uma combinação diferente de instrumentos para cada estrofe e ritornello. Não deixa de surpreender que o compositor tenha publicado uma versão simplificada, para uso, supõe-se, de cantores incapazes de fazer justiça às complexidades do original.
Cáron confessa ter ouvido a cançãocom enorme prazer, mas só cede depois que Orfeo reitera suas súplicas no mais simples dos recitativos, quem poderia resistir aos semitons ascendentes do arrebatado "Rendetemi il mio ben< style="font-weight: bold;">Ato IV
Prosérpina e Plutão discutem o drama de Orfeo, e o rei dos infernos, exortado pela mulher e pelos espíritos cativos, individualmente e em coro, concorda em devolver Eurídice a seu amado, com a condição de que ele não olhe para trás ao deixar o mundo das trevas> Orfeo se mostra exultante, mas, seu canto de júbilo, é interrompido quando ele olha para trás, a ver se Eurídice a segue. Os espíritos lamentam a transgressão da norma estipulada por Plutão tão rapidamente tenha vindo privá-la da liberdade.
Ato V
Vagando pelas planícies da Trácia, Orfeo lamenta seu coração partido e concita a própria Natureza, que tanto tem se rejubilado com o seu canto, a juntar-se a ele na dor. O ritornello que abre o ato é o mesmo usado no prólogo, e no decorrer desta cena, Monteverdi lança mão de um efeito de eco. Apolo, pai de Orfeo, desce do céu e comunica-lhe que será alçado à imortalidade divina e poderá rever a sua amada Eurídice em meio às estrelas. Os dois sobem ao céu, cantando uma passagem ricamente ornamentada de vocalises. O coro entoa seu adeus numa alegre "Moresca".
(Cabe notar que no libreto original de Striggio a lenda terminava de acordo com a tradição: Orfeo é dilacerado num bacanal pelas mulheres de Trácia, enfurecidas porque não acaba de prantear uma mulher que não verá mais.)
Baseado no livro Kobbe - O Livro Completo das Óperas
Jacques
:
Muito bonita a sinopse jacques. É fantástico como as emoções são bem retratadas pelos personagens mitológicos. Deve ser uma ópera muito bela, a julgar pelos sentimentos envolvidos.
Posso brincar? estou escutando, nesse instante, a Alejandro Saz em "Corazón Partio"...
"Para que me curaste cuando estaba herio.
Si hoy me dejas de nuevo el corazón partio?
¯quién me va a entregar sus emociones?
¯quién me va a pedir que nunca le abandone?
¯quién me tapara esta noche si hace frío?
¯quién me va a curar el corazón partio?
¯quién llenara de primaveras este enero,
Y bajara la luna para que juguemos?
Dime, si tu te vas, dime, cariño mío,
¯quién me va a curar el corazón partio? "
E juro por Plutão: eu o transportei às planícies da Trácia!!!!
É o fim da picada!
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