terça-feira, novembro 22, 2005

Parsifal - Richard Wagner e uma breve biografia


Neste domingo, às 15:00hs, a Radio Cultura de São Paulo, irradiará, a ópera Parsifal de Richard Wagner.

A versão que ouviremos é, de acordo com o anúncio abaixo, o seguinte:

TEATRO DE ÓPERA - O mundo da lírica em obras completas
WAGNER - Parsifal. Solistas: George London, Martti Talvela, Hans Hotter, Jess Thomas, Gustav Neidlinger, Irene Dalis. Coro e Orquestra do Festival de Bayreuth. Reg.: Hans Knappertsbuch.

A presente biografia é baseada num artigo do Metropolitan Opera International Broadcast Information Center.

Wagner é um dos mais importantes compositores de óperas. Na realidade Wagner é um dos mais importantes compositores de sua geração. Sua obra é extensa e Wagner sempre cuidou muito bem de todos os aspectos das suas composições, sendo um perfeccionista. Ao lado dessa perfeição, Wagner foi um inovador do gênero, abrindo novos horizontes a toda as futuras gerações. A respeito disso leiam o penúltimo parágrafo da sua biografia.

A gravação que ouviremos, é das mais conceituadas e é considerada uma das "gravações definitivas" de Parsifal. Foi gravada em 1962 e permanece como uma jóia que desafia os anos. Uma crítica dessa gravação pode ser lida no link que deixo aqui.

Vamos nos preparando para mais essa audição de gala.

Jacques




Richard Wagner 1813-1883


Richard Wilhelm Wagner nasceu em 22 de maio de 1813, em Leipzig, Alemanha. Comparado à maioria dos outros compositores famosos, sua educação musical começou relativamente tarde; começou a estudar violino e piano somente com a idade de quatorze anos. Logo ele começou a estudar composição e teoria, e depois de seis anos de estudo, tinha adquirido experiência suficiente para tornar-se mestre do coro no Teatro Würzburg. Durante esta época ele também escreveu a sua primeira ópera, denominada Die Feen, baseada na peça de Carlo Gozzi, La Donna Serpente.

Embora Die Feen não tenha sido executada durante , mais óperas se seguiram. Em sua terceira ópera, Der Fliegende Holländer, Wagner começou a experimentar cuidadosamente a ruptura dos personagens estabelecidos para fins dramáticos, um procedimento que fica mais evidente em Tannhäuser (Dresden, 1845). O estilo do amadurecimento de Wagner é melhor exibido na ópera Lohengrin, terminada em 1848. Nessa época, a Alemanha estava passando por uma reviravolta política e uma revolução, e Wagner foi exilado para a Suíça, por sua participação em atividades revolucionárias. Por seu exílio, Lohengrin não foi produzida até 1850.

No exílio, Wagner começou a trabalhar em um poema dramático denominado Siegfrieds Tod (A morte de Siegfried), que evoluiria para seu famoso ciclo de quatro noites, Der Ring des Nibelungen (O anel do Nibelung). O desenvolvimento deste trabalhado foi estendido por mais de uma década, e foi atrasado pelo seu trabalho em duas outras óperas: Tristan und Isolde e Die Meistersinger von Nürnberg.

Em Tristan (1865), Wagner atingiu os limites distantes da harmonia cromática, apontando o caminho para a sistematização da atonalidade de Arnold Schoenberg. Esta história, a quintessência do romantismo, reflete a suscetibilidade do compositor às idéias filosóficas de Schopenhauer e aos encantos da poetisa Mathilde Wesendock. Die Meistersinger (1868), muito mais diatônica em estilo musical, reflete o interesse de Wagner em corais protestantes e serve como contraponto às raízes estruturais da música alemã.

Durante seu período de maior produtividade, Wagner teve a sorte de ter o apoio de duas pessoas. Uma delas foi o rei da Bavária, que correu o risco de receber a desaprovação de seu gabinete de ministros, apoiando Wagner abundantemente, com fundos do estado. A outra foi Cosima von Bülow, irmã de Franz List, que enfrentou o ridículo e a desaprovação social ao abandonar seu marido para se tornar a amante de um compositor vinte e quatro anos mais velho que ela. Cosima e Wagner casaram-se em 1870, depois que ela já tinha dado à luz três filhos ilegítimos. O marido de Cosima, Hans von Bülow, foi um discípulo devotado de Wagner, e o maestro da estréia de Tristan und Isolde.

Além de seu revolucionários e influentes trabalhos de arte, Wagner deixou como legado outro monumento que mudou o mundo musical. Na pequena cidade de Bayreuth da Bavária, Wagner construiu um teatro para óperas, projetado especialmente para apresentar seus próprios trabalhos. Nesse teatro, Wagner esperava promover o que ele chamou de Gesamtkunstwerk, um trabalho de arte total, no qual o público seria completamente imerso em uma fusão de drama, música e poesia. A administração desse teatro ainda está nas mãos dos descendentes de Wagner.

Wagner morreu em 1883, mas seu legado continua a ser apreciado nos mundos da música e do teatro.

Freeman, John W. The Metropolitan Opera: Stories of the Great Operas. New York: The Metropolitan Opera Guild, W.W. Norton & Company, 1984.

A presente biografia é baseada num artigo do Metropolitan Opera International Broadcast Information Center.

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Blogger Il Dissoluto Punito said.

Caríssimo, o Parsifal de que fala neste post é um marco na interpretação desta ópera! É genialíssimo, apenas comparável ao que o mesmo Kna gravoara em inícios dos anos 1950!!!

Grande abraço,
João

23 novembro, 2005 14:15  

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