quarta-feira, junho 07, 2006

Il Trovatore - Verdi


No próximo domingo a Radio Cultura FM de São Paulo irradiará uma gravação clássica de Il Trovatore de Giuseppe Verdi, datada de 1970. Ainda da época da gravação "mono", esta é uma gravação importante do registro da obra.

O anúncio:

TEATRO DE ÓPERA - O mundo da lírica em obras completas

VERDI - Il Trovatore. Solistas: Leontyne Price, Placido Domingo, Sherrill Milnes, Fiorenza Cossotto. Coro da Ópera Ambrosiana. Orquestra Nova Filarmonia. Reg.: Zubin Mehta. Apresentação: maestro Walter Lourenção.

Ópera em quatro atos
Compositor: Giuseppe Verdi
Texto do libreto em italiano: Salvatore Cammarano, baseado na peça de Antonio García Gutiérrez El Trovador

Première Mundial: Roma, Teatro Apollo, 19 de janeiro de 1853.

Personagens:

Leonora - dama de companhia na corte aragonesa. Ela é cortejada pelo Conde Di Luna, mas o repele, pois se apaixona por um trovador misterioso que vem fazer serenatas para ela durante a noite (soprano)
Azucena - mãe de Manrico, uma cigana cuja mãe foi queimada em uma estaca por amaldiçoar o bebê do velho Conde Di Luna (meio-soprano).
Manrico - um seguidor do rebelde Urgel, sentenciado à morte, levando a vida como um fora-da-lei. Ele foi criado como um cigano por Azucena e ele se disfarça de trovador para cortejar Leonora (tenor)
Conde Di Luna - nobre aragonesa. Quando era pequeno, uma cigana matou o seu irmão, que era um bebê, como vingança pela execução de sua mãe. Seu pai o encarregou de encontrá-la e puni-la por seu crime cruel. Como Manrico, o Conde Di Luna também está apaixonado por Leonora (barítono).
Ferrando - capitão da guarda do palácio aragonês Serviu ao antigo e ao atual Conde Di Luna e testemunhou a morte da mãe de Azucena na fogueira (baixo).

Sinopse:

Ato I: É noite no hall do palácio de Aliaferia. Ferrando, um guarda veterano, mantém sua tropa de soldados do Conde Di Luna desperta contando a história de uma cigana que foi queimada em uma estaca por enfeitiçar o irmão bebê do Conde. Como vingança, a filha da cigana roubou o bebê e, aparentemente, o queimou nos restos da mesma fogueira que matou sua mãe. Não querendo acreditar que seu filho estava morto, o velho conde incumbe seu outro filho, o atual Conde Di Luna, de encontrar a filha da cigana.

Em outro lugar do palácio, Lady Leonora espera por uma visita do misterioso trovador que tem feito serenatas para ela. Ela diz a Inez, sua dama de companhia, como ela encontrou o estranho pela primeira vez, quando ela o coroou como vencedor de um torneiro de cavaleiros, mas, em seguida, a guerra civil começou e um longo período de tempo se passou até que ele apareceu sob sua sacada uma noite.

Desafiado por Di Luna, o estranho revela que ele é Manrico, um seguidor do rebelde Urgel e sentenciado à morte. Enquanto Leonora pede insistentemente ao conde que a mate, os dois homens se preparam para um duelo.

No mesmo instante que as duas mulheres partem, Di Luna aparece e pretende, ele mesmo, fazer uma serenata para Leonora. Antes que possa começar, a voz distante do trovador é ouvida, cantando a melancolia da vida de um fora-da-lei. Leonora desce para encontrar-se com o trovador e deixa os dois homens com raiva - primeiro correndo para Di Luna na escuridão e, em seguida, percebendo o seu erro e correndo para os braços do trovador.

Ato II: Vários meses mais tarde, em seu acampamento na montanha, um grupo de ciganos manejam martelos, ocupando-se de seu ofício. Eles param de trabalhar para ouvir uma das ciganas idosas, Azucena, contar como ele, uma vez, viu uma mulher ser queimada em uma estaca. Quando os outros partem, ela vira-se para Manrico e conta-lhe mais detalhes: a mulher que foi levada acorrentada para a estaca era sua própria mãe, a avó de Manrico.

Para vingar sua morte, Azucena pretende jogar o filho do velho conde nas chamas, mas distraidamente, ela joga seu próprio filho. Manrico, que acredita ser seu filho, fica confuso com a história, mas ela reafirma o seu amor de mãe, lembrando-lhe que ela cuidou dele, devolvendo-lhe à vida após a recente Batalha de Pelilla, onde ele foi atacado pelas tropas de Di Luna. Ela, então, pergunta por que, em seu duelo anterior com Di Luna, Manrico não havia matado o rival; Manrico diz que uma força estranha segurou sua mão.

Quando Azucena murmura sobre o grito de morte de sua mãe pedindo por vingança, um outro cigano, Ruiz, avisa que as forças de Urgel capturaram o bastião de Castellor e que Manrico deveria providenciar sua defesa. Leonora, enganada por notícias da morte de Manrico, está prestes a entrar para um convento nos arredores. Embora Azucena tente impedi-lo, Manrico insiste em ir salvar Leonora.

No pátio do convento, Di Luna aparece com seus servidores, também pretendendo levar Leonora. Inspirado pelo amor, Di Luna declara que nem mesmo Deus pode tirar Leonora dele. Ouvem-se as freiras em um coral de renovação de confiança para Leonora que aparece pronta para fazer seus votos. Ao mesmo tempo em que Di Luna sai de seu esconderijo, Manrico chega, para a felicidade de Leonora. Quando ele força o recuo dos homens de Di Luna, ele a leva para fora.

Ato III: Di Luna e seus soldados montam um acampamento próximo a Castellor para recapturá-la. Estão impacientes a espera do ataque, mas Di Luna relembra cruelmente que Leonora está com Manrico na fortaleza. Ferrando vem contar-lhe que uma cigana com aparência suspeita foi encontrada próxima ao acampamento. Ela é Azucena, que responde à pergunta de Di Luna dizendo que ela viveu uma existência miserável suportada somente pelo amor de seu filho, que a deixou, e que ela está tentando encontrá-lo. Ferrando, percebendo sua semelhança com a velha bruxa que foi queimada em uma estaca, a acusa de ter queimado o irmão do conde. Di Luna ordena que ela seja amarrada, apesar de suas súplicas e, quando ela chama por Manrico ele exulta por ter capturado a mãe de seu rival.

Dentro de Castellor, Manrico e Leonora se preparam para se casar, no meio dos preparativos para a batalha. Manrico jura seu amor, mas enquanto eles trocam palavras de ternura, Ruiz entra com notícias que Azucena será queimada em uma estaca. Vendo as chamas, Manrico junta seus homens para o resgate.

Ato IV: Do lado de fora da torre de Aliaferia, onde o capturado Manrico definha, Leonora chega, levada por Ruiz, esperando resgatar o seu amado. Ela transmite seu amor para confortá-lo e quando ouve os monges entoarem o Miserere pelo condenado, ela fica ansiosa, enquanto o adeus de Manrico é ouvido da torre. Ela promete salvá-lo ou morrer com ele. O conde chega declarando que o amor por Leonora o levou a atos ousados. Ao encontrá-la lá, ouve seus apelos, em meio ao choro, pela vida de Manrico; como uma última medida desesperada, ela se oferece em troca da liberdade de Manrico. Di Luna aceita e prepara a libertação de Manrico. Neste meio tempo, Leonora toma o veneno que está escondido em seu anel.

Dentro da torre, Azucena está deitada, tendo espasmos, enquanto Manrico lhe diz palavras de conforto. Mais uma vez ela é assombrada por visões da estaca. Sentindo-se próxima da morte, ela imagina voltar com Manrico para as montanhas. Leonora vem contar a Manrico que ele está livre, mas ele imagina, furioso, o preço que ela pagou. Ela explica que se envenenou e que está morrendo. Di Luna entra e, vendo Leonora morrer, percebe que foi enganado. Ordena que Manrico seja decapitado e arrasta Azucena para a janela para testemunhar a execução - quando ela lhe conta que Manrico é seu verdadeiro irmão. Azucena diz, com voz entrecortada, que, finalmente, sua mãe está vingada.


Jacques

Baseado num texto do Metropolitan Opera International Radio Broadcast Information Service

:

Blogger Dalva M. Ferreira said.

Tragédia! Vendetta!

E dessa vez o enredo já começa com tragédia, a ver pelos comentários diante de cada personagem... Alegria nunca deu ibope!

Interessante a figura desse Antonio García Gutierrez! E Verdi parece que gostou muito das peças dele, pois há também o Simão Boccanegra - adrede comentado.

Outrossim, atentemos para o coro da Ópera Ambrosiana... parece que apareceu também na Mme Butterfly, pelo que estou vendo aqui no “De Operas”... muito lindo!

Finalmente, lembrando que o libretto encontra-se on line, para que possamos comodamente acompanhar a Cultura FM, igualmente on line... ó admirável mundo novo!!!

08 junho, 2006 22:47  

Postar um comentário

<< Home