Manon - Massenet
No próximo domingo, como de hábito, a Radio Cultura FM de São Paulo irradiará às 15:00hs. a sua ópera semanal. Desta vez a Manon de Jules Massenet.
O anúncio ,com a relação dos cantores, é o seguinte:
METROPOLITAN OPERA - As transmissões da Temporada 2005-2006
MASSENET - Manon. Solistas: Renée Fleming, Massimo Giordano, Jean-Luc Chaignaud, Julien Robbins. Coro e Orquestra do Metropolitan Opera. Reg.: Jesús López-Cobos.
É sempre bom relembrar que esta audição é a que foi ao ar, ao vivo, no sábado que antecede a apresentação, ou seja, o dia 08 de Abril de 2006.
Personagens:
Manon (Soprano) - Uma jovem coquete cujo amor condenado por Le Chevalier des Grieux motiva a ópera.
Le Chevalier des Grieux (Tenor) - Um jovem nobre que se apaixona perdidamente por Manon, contra a vontade de seu pai.
Lescaut (Barítono) - Primo de Manon cuja responsabilidade é olhar por ela, mas passa a maior parte do tempo jogando com seu interesse amoroso, sempre
Le Comte
Guillot de Morfontaine (Tenor) e De Brétigny ( Barítono) - Dois nobres que competem pela afeição de Manon.
Rosette, Poussette, Javotte (Soprano) - Três jovens atrizes que estão constantemente flertando com Guillot.
Música por Jules Massenet
Texto em francês por Henri Meilhac e Philippe Gille, baseado no romance de Abbé Prévost.
Sinopse
Ato Um: França, 1721. No pátio de uma estalagem, dois roués de meia idade, o ministro das finanças Guillot de Morfontaine e o recebedor de impostos Bretigny, pedem o jantar. Sua refeição chega e o dono da estalagem chama sua atenção para uma carruagem que está chegando. Lescaut, um soldado, entra para se encontrar com sua prima Manon, que acabara de chegar na carruagem. Ele a localiza, uma menina de dezesseis anos que tagarela sobre sua primeira viagem longe de casa.
Guillot, vendo Manon, começa a flertar com ela para o divertimento de Bretigny e de três atrizes conhecidas-Rosette, Pousette e Javotte. Guillot diz que ele arrumará uma carruagem e a levará com ele. Lescaut, preparando-se para reunir-se novamente a seus companheiros, adverte Manon para que se comporte adequadamente: ela deve evitar falar com estranhos e deve lembrar-se que ele é o guardião da reputação da família. Pensando que em breve estaria na escola em um convento, Manon dá adeus a seus sonhos juvenisGuillot, vendo Manon, começa a flertar com ela para o divertimento de Bretigny e de três atrizes conhecidas - Rosette, Pousette e Javotte. Guillot diz que ele arrumará uma carruagem e a levará com ele. Lescaut, preparando-se para reunir-se novamente a seus companheiros, adverte Manon para que se comporte adequadamente: ela deve evitar falar com estranhos e deve lembrar-se que ele é o guardião da reputação da família. Pensando que em breve estaria na escola em um convento, Manon dá adeus a seus sonhos juvenis.
O jovem Chevalier Des Grieux passa e ao ver Manon fica enamorado. Quando sabe que ela será levada para um convento ele promete salvá-la de tal destino e o casal escapa na carruagem que Guillot havia pedido. Quando Guillot e Lescaut percebem que Manon fugiu, Lescaut promete encontrar sua jovem prima.
Ato Dois: Em um modesto apartamento
Neste meio-tempo, Bretigny estava tentando, sem sucesso, cortejar Manon. Ele a avisa que Des Grieux será levado, por ordem de seu pai, e que um futuro com o jovem cavalheiro somente significaria pobreza para a experiente Manon. Manon tortura-se pela decisão que tem que tomar.
Todos partem e Des Grieux está fora para enviar sua carta. Sozinha, Manon tenta decidir entre o amor e as riquezas, pendendo para a última. Quando retorna, Manon tenta detê-lo quando ele abre a porta para os mensageiros de seu pai, que o levam a força. Angustiada, Manon grita "Meu pobre cavalheiro"! Neste meio-tempo, Bretigny estava tentando, sem sucesso, cortejar Manon. Ele a avisa que Des Grieux será levado, por ordem de seu pai, e que um futuro com o jovem cavalheiro somente significaria pobreza para a experiente Manon. Manon tortura-se pela decisão que tem que tomar.
Todos partem e Des Grieux está fora para enviar sua carta. Sozinha, Manon tenta decidir entre o amor e as riquezas, pendendo para a última. Quando retorna, Manon tenta detê-lo quando ele abre a porta para os mensageiros de seu pai, que o levam a força. Angustiada, Manon grita "Meu pobre cavalheiro"!
Ato Três: Em um feriado em Cours
A multidão está admirando Manon que está cantando o quanto ela aproveita a vida como rainha do demi-monde. Aplaudida por sua bravata, ela canta outra canção, uma gavota sobre aproveitar a mocidade. Depois, enquanto está fazendo compras nas barracas, Manon ouve por acaso o Conde Des Grieux e manda Bretigny comprar uma pulseira que ela quer.
Fingindo ser amiga da amada do cavalheiro, o conde responde que seu filho irá se tornar um abade no seminário de St. Sulpice e que ele aprendeu a esquecer. Quando ele se desculpa, Guillot trás o balê da Ópera de Paris para se apresentar para Manon, esperando ganhá-la, mas ela está tão distraída que mal percebeu a apresentação.
Manon aparece e implora para falar com Des Grieux. A princípio, o cavalheiro fica aborrecido
Ato Quatro: No Hotel de Transylvanie
Lescaut perde, mas, contudo, incentiva Des Grieux a apostar na sorte de iniciante. Quando Des Grieux ganha algumas rodadas contra Guillot, os elogios de Manon a seu amante levam Guillot a ponto de acusar o cavalheiro de estar roubando. Manon quer partir mas Des Grieux acha que, se partir, parecerá, realmente, que ele estava roubando. A polícia chega e Des Grieux e Manon são presos. Guillot murmura que, agora, ele terá sua revanche.
Des Grieux ameaça Guillot enquanto está sendo contido por seu pai, que veio para, discretamente, arranjar a absolvição de seu filho. O conde, entretanto, insiste que Manon seja tratada como uma indesejável.
Ato Cinco: Ao lado da estrada para Le Havre, em uma área deserta. Des Grieux imagina Manon a caminho de ser deportada junto com outra mulher de má reputação. Lescaut junta-se a ele trazendo a notícia que sua tentativa de armar uma emboscada para a carruagem e resgatar Manon falhou: os soldados enxotaram seus homens. Lescaut arranja que Des Grieux veja Manon.
Lescaut suborna um guarda para deixar Manon sob sua custódia por algum tempo. Manon, feliz por ver Des Grieux, cai exausta em seus braços. Ele promete resgatá-la e espera começar uma nova vida juntos. Manon percebe que isto é somente um sonho e que ela foi a causadora de sua própria ruína. Eles entregam-se às reminiscências e ela reafirma a Des Grieux a sinceridade de seu amor. Em seguida, considerando que sua história acabou, Manon morre em seus braços.
É interessante notar que Puccini retoma a mesma história e publica uma ópera homônima. Vale a pena ouvirmos ambas. Isso não aconteceu apenas com este libreto. Era relativamente comum tomar “inspiração” em libretos anteriores e retrabalhar a música, com as modificações que se julgassem pertinentes. Já abordamos a algum tempo que a ópera era considerada uma diversão para o povo (culto) da época. Por causa dessa produção “seriada”, seus autores consideravam esse tipo de obra como relativamente efêmera. Era importante ter uma produção constante para satisfazer a multidão de admiradores do gênero. Deste grande fluxo de obras, apenas as consideradas de qualidade sobreviveram.
Manon de Massenet era um sucesso absoluto da ópera francesa. Após a versão de Puccini a anterior viu-se ofuscada. Isso não a desmerece. Comparar as duas versões apenas valoriza a história e o talento de seus compositores. Neste caso particular, todos os requisitos de qualidade acima expostos estavam satisfeitos. Assim, apesar da ópera de Puccini levar uma certa vantagem no número de apresentações, Manon de Massenet é obra de primeira qualidade.
Por fim, vale lembrar que Massenet é exemplo vívido da ópera francesa e Puccini é um compositor de muitos sucessos operísticos em italiano, o resultado foram duas obras-primas.
Boa audição!
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Olá, Jacques...
Não é que não tenha gostado de Manon... é que não tenho mesmo argumentos para falar sobre ela. Ainda estou em estado de graça com Puccini, vai ser difícil apreciar devidamente esta Manon, ainda que seja a obra-prima que é. Seguramente que, daqui a uns dias, ou meses, ou quem sabe alguns anos, eu releia isso aqui e diga: uau, como eu era tosca!
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