quinta-feira, maio 25, 2006

Louise - Charpentier


No próximo domingo às 15:00hs. a Radio Cultura FM de São Paulo, 103,3Mhz. levará ao ar a ópera Louise de Charpentier.

O anúncio é o seguinte:

TEATRO DE ÓPERA - O mundo da lírica em obras completas

Gustave CHARPENTIER - Louise. Solistas: Grace Moore, Roaul Jobin, Irra Petina,
Ezio Pinza, Thelma Votipka. Coro e Orquestra do Metropolitan Opera.
Reg.: Sir Thomas Beecham
Louise é uma ópera em quatro atos de Gustave Charpentier baseado num libreto em francês do compositor. Ela foi encenada pela primeira vez em 2 de Fevereiro de 1900 no Opéra-Comique.

A ópera tenta descrever a vida da classe operária parisiense e é, às vezes, considerada como um dos primeiros exemplos do que viria a ser denominado verismo. A própria cidade é a estrela da atmosfera desse trabalho. Conta a história de uma romance destinado ao fracasso entre Louise, uma costureira morando com seus pais, em Paris e Julien, um jovem artista.

A ópera obteve um relativo sucesso e lançou a carreira da soprano escocesa Mary Garden que tomou o papel quando a soprano principal adoeceu. Uma versão filmada do trabalho foi feita em 1939 com Grace Moore no papel principal. Louise pode ser considerada uma obra de repertório, ou seja, uma ópera que é encenada de modo regular por várias companhias. "Depuis le jour", uma de suas árias é uma peça bastante popular.


Papéis principais:


Julien - Tenor

Louise -Soprano

Mãe - Mezzo- Soprano

Pai - Barítono

Um vagabundo notívago - Tenor


Sinopse:


Ato I

Louise se apaixona por seu vizinho, Julien. No início da ópera eles se recordam de como se encontraram. A mãe de Louise os interrompe e vocalmente expressa sua reprovação por Julien. O pai chega à casa, exausto do trabalho, e tanto sua mulher quanto a filha imploram para que ele deixe este estafante trabalho. No entanto, ele sente que é sua responsabilidade sustentar sua família com esse trabalho. Durante a refeição que se segue, ele lê a carta que Julien havia deixado na qual propõe casamento a Louise. Ele fica indiferente, mas a mãe fica lívida e, quando Louise defende Julien, ela esbofeteia Louise na face. O pacato pai pede à filha que se sente e que leia a carta. Enquanto ela lê sobre a primavera em Paris, ela se descompõe e cai.

Ato II

Cena I.
Numa rua de Paris. A cena começa com um prelúdio que sugere uma aurora em Paris. A cortina sobe para uma cena de um burburinho de gente indo e vindo em seus caminhos rotineiros e comentando sobre a vida em geral. O vagabundo entra e se proclama o espírito dos Prazeres de Paris e, em seguida, deixa a cena acompanhada de uma garota de vida fácil. Julien aparece com um grupo de amigos boêmios para mostrar a estes onde trabalha Louise. Ele conta a estes que os pais de Louise não consentem no casamento, mas que irá convencer a garota. Julien e seus companheiros saem e ele entôa que a mescla de sons que o envolve é a voz de Paris. Louise e sua mãe chegam à loja de confecções em que ela trabalha (sua mãe a traz ao trabalho todos os dias). Quando a mãe sai, Julien retorna. Louise diz a ele que o ama, mas que ama muito a seus pais para deixá-los. Ele tenta dissuadí-la para que fuja com ele e, finalmente, ela concorda que assim o fará breve.

Cena II. (No interior do local de trabalho de Louise) A cena começa com as outras costureiras atiçando Louise por esta estar amando. Uma banda é ouvida no lado de fora e Julien canta uma serenata. As garotas admiram seu olhar e sua voz. Louise, silenciosa, escapa para fugir com Julien.

Ato III

(Uma pequena casa com vista para Paris) O ato se inicia com a sua ária mais conhecida "Depuis le jour", os amantes se mudaram para esta pequenina casa com vista para Paris e na ária ela canta a sua alegria de sua nova existência com o seu amado. Segue-se um longo dueto onde eles cantam o seu amor para o outro e a Paris. Entram alguns boêmios e coroam Louise como a Rainha de Montmartre. O vagabundo preside a cerimônia como o Rei dos Tolos. A mãe de Louise aparece e as festividades acabam. Ela conta a Louise que seu pai está doente e que este se esgueira para o quarto de Louise no meio da noite, apesar de que eles tenham concordado em considerá-la como morta. Até Julien se emociona com o relato e concorda que Louise o deixe com a promessa de que ela retorne quando ela quiser.

Ato IV


(Na casa dos pais de Louise em Paris) O pai de Louise sara, recupera sua saúde e sua energia. Ele está trabalhando novamente mas, passou a aceitar a sua pobreza sob um aspecto mais filosófico. A sua cura pode ser atribuida ao retorno de Louise, a qual toma-o nos braços e canta uma canção de ninar. No entanto ela não está conformada e tem vontade de retornar para Julien de novo. Uma valsa alegre é ouvida no lado de fora e Louise se deixa envolver pela música, cantando loucamente ao seu amor e à sua liberdade. Seus pais estão chocados e seu pai começa a ficar cada vez mais bravo. Ele grita com Louise e pede a esta que o deixe, se esta for a sua vontade, - deixe que ela se vá, dance e ria! Ele começa a atacá-la mas, sua mãe se interpõe entre os dois. Louise corre da sala e sai em busca de Julien. Só então seu pai se dá conta do que fez... "Louise, Louise!" ele chama. Ela se foi e, em desespero, ele balança seus punhos para a cidade que roubou sua filha. "Paris!" ele lamenta e a ópera se acaba.

Jacques

:

Blogger Dalva M. Ferreira said.

Hmmm... sob pena de falar uma tremenda impropriedade, mas que enredinho mais simplório, não? Haja talento para dar côr a essa tragedinha burguesa... aliás, por falar em talento, já estou escutando a ária a que você se refere, a "Depuis le jour", com a Maria Callas!!


Merci beaucoup!

28 maio, 2006 13:40  

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