Verdi - Aída
Photo: Andreas H Birkigt
Esta semana, no domingo próximo, dia 26, às 15 horas, a Radio Cultura FM de São Paulo irradiará a ópera Aída de Verdi.
O anúncio é o seguinte:
METROPOLITAN OPERA - As transmissões da Temporada 2005-2006 -VERDI - Aida. Solistas: Andrea Gruber, Olga Borodina, Johan Botha, Juan Pons, Kwangchul Youn, Hao Jiang Tian. Orquestra do Metropolitan Opera. Reg.: James Conlon.
Os personagens são os seguintes:
Aida -- (soprano) escrava etíope e filha de Amonasro, o Rei Etíope; apaixonada por Radamés.
Amonasro -- (barítono) Rei Etíope e pai de Aída.
Faraó -- (baixo) Rei Egípcio e pai Amneris.
Amneris -- (meio-soprano) Filha do Faraó egípcio, ela também está apaixonada por Radamés.
Radames -- (tenor) Jovem guerreiro egípcio apaixonada por Aída.
Ramfis -- (baixo) sumo sacerdote egípcio da deusa Ísis.
Sinopse
Ato Um
Cena Um. Antigo Egito. Hall do Palácio do Faraó em Mênfis. Ramfis, o Sumo Sacerdote, diz a Radamés que os etíopes estão, novamente, invadindo o Egito. O Sumo Sacerdote parte para dizer ao Faraó a quem a deusa Ísis escolheu para liderar o exército egípcio contra os invasores etíopes. Radamés espera ter sido o escolhido e se imagina retornando da batalha como um herói conquistador e pedindo Aída em casamento. Os pensamentos de Radamés são interrompidos pela entrada de Amneris, filha do Faraó egípcio, que o questiona, ciumentamente, sobre suas esperanças e sonhos. Aída, uma das escravas de Amneris, entra. Vendo Radamés e Aída juntos, Amneris fica imediatamente cheia de suspeitas e faz mais perguntas para descobrir se eles estão apaixonados.
O Faraó entra com sua entourage, seguido por Ramfis e seus sacerdotes. Um mensageiro trás notícias confirmando a invasão etíope. A guerra é declarada e Radamés é escolhido como o general em comando do exército egípcio. Há uma grande agitação, seguida por uma tremenda demonstração de patriotismo, quando todos, exceto Aída, partem para o Templo de Vulcano, onde a cerimônia será realizada, para pedir a ajuda dos deuses egípcios.
Aída, que fica sozinha, está chocada com seus próprios sentimentos. Ela junta-se aos outros desejando a Radamés um retorno triunfante. Mas como ela poderia suportar a destruição de sua terra natal e seu povo? E ainda, se seu pai Amonasro vencer Radamés, ela perderá o homem que ela ama. Em desespero, ela pede aos deuses que a deixe morrer ao invés de sofrer este terrível conflito.
Cena Dois. O Templo de Vulcano. Os sacerdotes e as sacerdotisas reúnem-se para uma grande cerimônia com cantos e danças rituais. Eles pedem aos deuses para proteger o solo sagrado do Egito. Ramfis abençoa Radamés e a espada com a qual ele irá liderar o exército egípcio na batalha e a cerimônia termina com gritos de louvor para o deus egípcio Phtah.
Ato Dois
Cena Um. Aposentos de Amneris no Palácio. As tropas egípcias triunfaram. Enquanto suas escravas a preparam para a celebração da vitória, Amneris pensa alegremente sobre o retorno de Radamés. Mas quando ela vê Aída aproximando-se, Amneris fica, novamente, torturada por dúvidas. Determinada a descobrir se Radamés e Aída estão apaixonados, a princesa egípcia dispensa as outras escravas e chama Aída. Fingindo compaixão pelo povo conquistado de Aída, Amneris, então, dá a entender que Radamés foi morto. Aída fica agitada com esta notícia e é pega de surpresa quando Amneris, de repente, anuncia que Radamés, na verdade, sobreviveu. Incapaz de se conter, Aída grita aliviada. Amneris atingiu seu objetivo: ela astuta e cruelmente, levou Aída a revelar seu amor. Quando as trombetas são ouvidas anunciando o retorno de Radamés, Amneris parte, furiosa porém triunfante: uma simples escrava não iria desafiar o amor e o poder de uma princesa.
Cena Dois. Uma avenida perto da Porta de Tebas. As multidões juntaram-se para celebrar o retorno vitorioso de Radamés e do exército egípcio. O Faraó e Amneris, acompanhados por oficiais, estão em seus tronos quando Ramfis e os sacerdotes chegam. Os tocadores de trombetas anunciam uma parada magnífica dos soldados de todas as partes do Egito, apresentando seus uniformes brilhantes. Dançarinos se apresentam para o Faraó e sua corte.
Finalmente, Radamés entra em triunfo e o Faraó saúda-o como o salvador do país. Amneris coloca a coroa de vitorioso em sua cabeça e o Faraó concede a ele tudo o que desejar. Primeiro, Radamés pede que os prisioneiros sejam trazidos para frente.
O grupo triste de etíopes conquistados marcha. Com um grito, Aída reconhece seu pai, Amonasro, entre eles, e corre para ele. Ele ordena que ela não revele sua verdadeira identidade como Rei da Etiópia. Fingindo ser um soldado comum, ele pede que os egípcios concedam misericórdia aos prisioneiros. O populacão fica comovido e repete seu pedido, enquanto Ramfis e os sacerdotes pedem que os prisioneiros sejam mortos.
Radamés, agora, pede que o Faraó conceda o seu desejo: libertar os prisioneiros. Ramfis, com raiva, avisa que os etíopes se levantarão para lutar novamente. Aída e seu pai devem ser mantidos reféns contra esta possibilidade. O Faraó concede o pedido de Radamés mas deve dobrar-se ao pedido dos poderosos sacerdotes, também: Aída e seu pai permanecerão no Egito. Chamando Radamés perante a assembléia, o Faraó dá a ele a mão de Amneris em casamento, juntamente com a herança do trono egípcio. Amneris está exultante, enquanto Aída e Radamés estão desesperados. Amonasro encoraja Aída a não perder a esperança; eles terão sua vingança e verão sua terra natal.
Ato Três
Margem do Nilo, perto do Templo de Ísis. Amneris vai com Ramfis ao templo para pedir que Radamés a ame verdadeiramente como ela o ama. Quando entram no templo, Aída chega cuidadosamente para um encontro marcado com Radamés. Ela teme que este seja seu último encontro e prepara-se para se afogar no Nilo. Ela relembra, pela última vez, sua amada terra natal, que nunca mais verá. Amonasro aparece de repente e revela que os etíopes reorganizaram-se e estão prontos para atacar. Ele pede que Aída descubra, por meio de Radamés, onde os egípcios planejam fazer sua próxima marcha. Quando Aída se recusa, Amonasro volta-se para ela enfurecido, gritando que ela não é mais sua filha: na verdade, ela tornou-se uma escrava dos Faraós. Aída é esmagada por sua raiva e cede.
Esta é a informação secreta que Amonasro estava esperando ouvir. Ele sai do esconderijo e Radamés percebe, tarde demais, que ele traiu seu próprio exército, sua honra e seu país. Aída e Amonasro pedem que Radamés junte-se a eles e fuja. Neste momento, Amneris e Ramfis surgem do templo. Amneris grita "Traidor!" Amonasro pula para esfaqueá-la, mas Radamés o segura, pedindo que fuja com Aída. Quando Amonasro leva sua filha embora, Radamés fica para trás. Com um grande gesto, ele entrega sua espada sagrada para Ramfis e espera por sua punição.
Ato Quatro
Cena Um. Hall no Palácio do Faraó, Amneris está em fúria desesperada. Radamés traiu-a e a seu país e, ainda assim, seu amor por ele está mais forte do que nunca, como uma maldição da qual ela não consegue se livrar. Ela decide deixar de lado seu orgulho para salvar Radamés. Os guardas trazem-no a sua presença. Ela pede por seu amor e implora que ele se defenda no julgamento que acontecerá em breve. Radamés recusa-se, ainda declarando seu amor por Aída. Enraivecida, Amneris mando-o embora. Liderados por Ramfis, os sacerdotes conduzem Radamés para a câmara subterrânea de julgamento. Amneris ouve ansiosamente, rezando aos deuses pela vida de Radamés. Ramfis acusa Radamés de traição, deslealdade e deserção. Radamés recusa-se a se defender e é sentenciado a um destino tenebroso: ele será enterrado vivo. Amneris, horrorizada com o que ela causou, amaldiçoa os sacerdotes por sua insensibilidade e desfalece em um frenesi de culpa e desespero.
Cena Dois. A cena é dividida: vemos a Tumba de Radamés abaixo e o Templo de Vulcano acima. Fechado para sempre em sua tumba, Radamés se resigna com a morte. Seu único pesar é nunca mais ver Aída novamente. De repente, ele ouve um suspiro e descobre que seu amor havia se escondido lá anteriormente para morrer junto com ele. Juntos, os dois se despedem desta vida enquanto os sacerdotes e as sacerdotisas são ouvidos cantando e, no templo acima, Amneris, com o coração partido, pede por paz.
Jacques
:
Muito bonita, jacques, embora não tenha me parecido uma ópera para inciciantes: nesta obra eu achei que Verdi caprichou na parte orquestrada... Muito grandiosa, não foi à toa que o público vibrou, na ocasião da estréia! Quanto aos cantores: que peça difícil deve ser essa, tanto para o tenor quanto para a soprano! Haja fôlego!
Em resumo: gostei muito!
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