quinta-feira, outubro 06, 2005

Turandot - Sinopse

Photograph © Dieter Blum

Os Personagens

Timur
(baixo)— Pai do Príncipe Desconhecido, Calàf. Um antigo Rei, fanado de seu trono por inimigos. Timur agora é um homem velho que vaga em exílio. Somente um de seus serventes continua fiel a ele: a escrava Liù.
Calàf (tenor)— O Príncipe Desconhecido que tenta ganhar a mão de Turandot. Ele fica caído pela bela e cruel Turandot.
Liù (soprano)— Uma bela jovem, escrava de Timur. Ela ama o Príncipe Calàf mas não tem noção da profundidade de seus sentimentos por ele.
Turandot (soprano) — Princesa da China, filha do Imperador, uma mulher linda e cruel. Ele nega-se a casar com qualquer homem, a não ser o que responda suas três charadas. Todos os pretendentes fracassados estão fadados à morte.
Ping (barítono)— O Grande Chanceler da China. Juntamente com Pang e Pong, ele é responsável pelo funeral dos príncipes que não responderam corretamente os enigmas de Turandot.
Pang (tenor)– O Provedor Geral.
Pong (tenor) — O Cozinheiro Chefe.
O Príncipe da Pérsia (barítono)— Um dos muitos pretendentes falidos de Turandot.
Mandarim (barítono)— Um oficial responsável pelo anúncio dos editais do Imperador.

Ópera em três atos de Giacomo Puccini

Ato I


Uma praça movimentada em Pequim. Um mandarim proclama que Turandot, princesa da China, irá casar-se com o príncipe que decifre os três enigmas que ela irá propor — contudo, a pena para a resposta incorreta é a morte. O Príncipe da Pérsia tentou ganhar a mão de Turandot e falhou; agora será executado. A multidão, sedenta de sangue, começa a dirigir-se ao palácio para assistir a execução, mas é impedida pelos guardas.

No meio da confusão, Timur, um velho, é derrubado. Sua jovem escrava, Liù, pede ajuda. De repente, um Príncipe Desconhecido emerge da multidão para ajudar a dupla. O príncipe instantaneamente reconhece o velho Timur, seu pai, de quem ele foi separado quando lhe usurparam seu reino. Timur explica que Liù foi a única súdita que continuou fiel a ele; ela o seguiu durante seu exílio para cuidá-lo. Quando o príncipe pergunta a Liù porque ela foi tão boa com seu pai, ela responde: “Porque um dia, do palácio, você me sorriu”.

O Príncipe da Pérsia é levado ao local de execução. A princesa Turandot aparece ante a multidão e o Príncipe Desconhecido apaixona-se por ela instantaneamente. Ignorando os pedidos de Liù e de seu pai, ele tenta golpear o gongo que o declararia um pretendente. De repente, três personagens misteriosas aparecem: Ping, Pang e Pong, que mantém respectivamente os cargos de Grande Chanceler, Provedor Geral e Cozinheiro Chefe. Eles dizem ao Príncipe Desconhecido que tentar a mão de Turandot é suicídio. Quando seus argumentos não funcionam, eles tentam mantê-lo distante do gongo utilizando de força física. Mas tudo em vão — o príncipe se libera e soa o gongo, aceitando o desafio de Turandot.

Ato II

Um pavilhão no palácio. Ping, Pang e Pong estão prontos para qualquer coisa que suceda: um casamento, se o Príncipe Desconhecido responder os enigmas de Turandot, ou um funeral, se ele falhar. Eles lamentam o estado da atual China: as execuções são praxe e eles estão jogando suas vidas fora trabalhando para uma princesa sanguinolenta. Eles anseiam pelo dia em que Turandot se case e a paz retorne à China.

Em frente ao Palácio Imperial, uma multidão se reuniu para ver se o Príncipe Desconhecido vai responder os enigmas de Turandot. Aparece Turandot. Ela anuncia que tem encarnada a sua ancestral, a Princesa Lo-u-ling, uma governante casta e solteira que foi desafiada e assassinada por um rei conquistador. Para vingá-la, Turandot jurou nunca casar-se.

Turandot faz as três charadas e o príncipe responde a todas corretamente. Turandot implora ao Imperador que não dê sua mão a um estranho — mas ele a lembra que seu juramento é sagrado. O Príncipe Desconhecido anuncia que não quer casar-se com Turandot contra sua vontade. Ele oferece uma chance para a princesa escapar do casamento: se ela conseguir descobrir seu nome antes do nascer do sol, ele deixará que ela o mate. Turandot aceita o pacto.

Ato III

Aquela noite, no jardim do Palácio. Turandot declara que ninguém em Pequim deve dormir até que o nome do príncipe seja descoberto. Ping, Pang e Pong incitam o Príncipe Desconhecido a revelar o seu nome, oferecendo-lhe mulheres, tesouros e glória.

Um grupo de guardas da cidade aparecem, arrastando Liù e Timur com eles. Turandot se aproxima para testemunhar a tortura e interrogatório. Liù corajosamente declara que somente ela conhece o nome do príncipe, mas nunca vai dizê-lo. Os soldados torturam Liù, mas ela nega-se a revelar o nome, dizendo que o amor lhe dá forças. Liù também predica que Turandot vai acabar se apaixonando pelo príncipe. Então Liù agarra uma adaga do cinturão de um dos soldados e se mata. Timur, o Príncipe, e a multidão compadecem pela sua morte.

O Príncipe rasga o véu de Turandot e beija a princesa. Ela reage em medo e confusão, mas enquanto o sol levanta, ela cede a seu amor secreto por ele. Transformada, mas ainda envergonhada por sua derrota, Turandot implora ao príncipe que a deixe. Mas ao invés disso, ele revela seu nome: Calàf. O orgulho de Turandot reaparece; agora ela conhece o nome de Calàf e pode matá-lo. Aparentemente, ela vai seguir adiante e matar o príncipe.

Depois, dirigindo-se a seu pai e à multidão formada em frente ao Palácio Imperial, Turandot anuncia que descobriu o nome do estranho: é amor.

___


Quem quiser conferir, pode dar uma lida na parte final do libreto, publicada logo abaixo, no terço inferior do artigo, onde aparece a última frase onde o coro lamenta a morte de Liù, que coincide com as últimas notas musicais escritas por Puccini, e a cena final, onde Turandot finalmente descobre o amor.


Jacques
Baseado em pesquisas no site do "The Metropolitan Opera International Broadcast Information Service"

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Blogger Dalva M. Ferreira said.

Muito bom, Jacques. Com tanto material, será uma audição e tanto. Lindas fotos!

06 outubro, 2005 23:18  

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