quinta-feira, setembro 22, 2005

Un Ballo in Maschera - Sinopse

The chorus in Calixto Bieito's production of Un ballo in maschera at the English National Opera
Photo: Neil Libbert

Ópera em Três Atos


Música de Giuseppe Verdi
Texto em italiano de Antonio Somma, baseado em um libreto francês (1833) de Eugène Scribe


Première Mundial: Roma, Teatro Apollo, 17 de fevereiro de 1859


Personagens:


Amelia (soprano) - esposa de Renato. Amelia está dividida entre sua obrigação para com seu marido e seu amor pelo melhor amigo dele, Riccardo. Ela consulta Ulrica para descobrir como se livrar de sua paixão ilícita.

Ulrica (contralto) - Uma feiticeira que lê mãos. Ela diz a Amelia como reprimir o amor proibido por Riccardo e prevê o assassinato de Riccardo.

Oscar (soprano) - Pajem de Riccardo. Um jovem insolente, realiza pequenas incumbências e leva mensagens para o Rei.

Samuel (Conde de Horn) (baixo) - Conspira com Tom e Renato para matar Riccardo. Ele culpa Riccardo por ter matado seu irmão.

Tom (Ribbing) (baixo) - Conspira com Samuel e Renato para matar Riccardo. Ele alega que Riccardo confiscou ilegalmente a casa de sua família.

Renato (Anckarström) (barítono) - Secretário de Riccardo e amigo de confiança. Ele é leal a Riccardo e o avisa sobre uma conspiração para assassiná-lo, até que ele descobre que Riccardo está apaixonado por sua esposa Amelia. Ele se junta a Samuel e Tom na conspiração para matar Riccardo.

Riccardo (Rei Gustav III) (tenor) - Rei da Suécia. Um governante jovial e benevolente, Riccardo está apaixonado pela mulher de seu melhor amigo, mas não quer manchar a sua honra ou a de seu marido. Ele ri dos vários avisos sobre um atentado de assassinato, incluindo uma profecia da feiticeira Ulrica.


Ato I:

Suécia, final do século XVII. Na sala do trono do palácio, amigos e cortesãos esperam pela audiência da manhã com Riccardo (Rei Gustav III). entre eles estão Samuel (Conde de Horn) e Tom (Ribbing), conspiradores que guardam rancor contra ele por alegadas injustiças. Precedido por seu pajem, Oscar, o governante cumprimenta os visitantes reunidos, assegurando-lhes que suas petições receberiam consideração justa. Quando Oscar lhe entrega uma lista de convidados para o próximo baile de máscaras, ele contempla o nome de Amelia, sua amada.

Quando os requerentes partem, Riccardo recebe Renato (Anckarström), seu auxiliar leal, que é o marido de Amelia. Renato avisa Riccardo sobre a conspiração e diz a Riccardo para tomar cuidado, pelo bem da colônia, bem como pelo seu próprio bem. Oscar anuncia um Juiz que quer a autorização de Riccardo para banir uma feiticeira chamada Ulrica. Pondo de lado o conselho prudente de Renato, Riccardo decide que deve ser interessante visitar a feiticeira disfarçado e colocá-la à prova. Ele chama seus cortesãos e os convida a juntarem-se a ele na cabana da feiticeira naquela tarde.

Na cabana de Ulrica, seus clientes curiosos assistem sua invocação dos poderes de Satã para ajudá-la nas adivinhações. Riccardo entra, disfarçado de pescador e ouve Silvano, um marinheiro, pedir uma consulta. Quando Ulrica prevê uma promoção, Riccardo escreve uma e coloca no bolso de Silvano, que a encontra quando vai pagar Ulrica. Um criado de Amelia aparece e Ulrica dispensa a todos. Riccardo se esconde e ouve a conversa.

Amelia entra através de uma entrada particular e pede que Ulrica ajude-a a superar o seu amor proibido por Riccardo. A feiticeira prescreve uma erva mágica que somente cresce em um campo de enforcamento fora da cidade. Quando Amelia parte, Riccardo promete que também estará lá naquela noite.

Ulrica chama as pessoas de volta, quando Riccardo dá um passo e pede para saber sua sorte. Pela palma da mão, Ulrica reconhece que ele é alguém importante e, então, abruptamente, diz a ele para não fazer mais perguntas. Quando ele a pressiona, ela diz que ele irá morrer muito em breve -não pela mão de um inimigo, mas pela de um amigo. Riccardo recusa-se a levá-la a sério e ri com a superstição dos outros. Ele insiste em ouvir o resto da profecia. Ulrica diz que o assassino será o próximo a apertar sua mão. Riccardo oferece sua mão para todos, mas ninguém a aceita. Somente Renato, que acaba de chegar e ignora a profecia, aperta a mão do governante. Riccardo ri, pois como ele poderia ser assassinado por seu mais leal e confiável amigo? Quando os conspiradores suspiram aliviados porque Ulrica não os implicou, Silvano (Christiano) aparece e lidera as pessoas em um hino de louvor ao líder que todos eles, agora, reconheciam.

Ato II:

Nos arredores da cidade, tarde da noite. Amelia chega sozinha, apavorada por estar em um lugar tão desolado. Ela procura a erva mágica. Quando bate a meia-noite, ela imagina que está vendo o fantasma de um criminoso executado e pede a Deus misericórdia. Riccardo aparece, tentando acalmá-la com declarações de amor. Protestando que ela pertence a seu melhor amigo, ela insiste que ele parta, mas suas declarações ardentes forçam-na a admitir que o ama também.

Seu enlevo é quebrado pela chegada de Renato, que seguiu Riccardo para avisá-lo que os conspiradores estavam tramando contra ele. Na escuridão, Renato não reconhece sua esposa, coberta por um véu, que se junta a ele insistindo que Riccardo fuja para salvar sua vida. Riccardo recusa-se a partir até que Renato prometa que acompanhará a mulher até em casa sem perguntar sua identidade.

Após Riccardo partir, Renato confrontado pelos conspiradores desapontados que esperavam encontrar Riccardo. Quando eles ameaçam Renato, Amelia remove seu véu para salvá-lo do perigo. Ele fica estupefato ao reconhecer sua própria esposa, mas Samuel e Tom acham isto uma grande piada: eles esperavam surpreender amantes secretos e encontraram um homem e sua esposa fazendo um passeio noturno. Renato ordena que Samuel e Tom venham a sua casa na manhã seguinte.

Ato III:

Quando a noite dá lugar à madrugada, Renato, finalmente, confronta-se com Amelia na privacidade de seu gabinete. Ele pretende matá-la, mas ela suplica por uma oportunidade de abraçar seu único filho e ele a deixa ir. Então, vendo o retrato de Riccardo, ele decide que é Riccardo que deve morrer por ter traído sua amizade e arruinado a alegria de seu casamento.

Samuel e Tom aparecem, assumindo que ele pretendia processá-los; em vez disso, ele quer juntar-se à conspiração. Quando os três discutem quem será o assassino, Renato diz que o destino decidirá: eles se preparam para tirar a sorte. Amelia entra dizendo a seu marido que Oscar chegou com uma mensagem do governante. Renato faz com que ela retire um nome do vaso: para sua alegria, é seu próprio nome. Oscar vem convidar Renato e Amelia para o baile de máscaras daquela noite e os conspiradores percebem que esta é a oportunidade que esperavam. Amelia espera avisar Riccardo.

Gabinete do rei. Imaginando se Amelia havia chegado em casa em segurança, Riccardo decide que ele deve terminar o romance e escreve uma ordem enviando Renato e Amelia de volta para a Inglaterra. Assinando-a, dá adeus a Amelia em seu coração. Oscar chega com um bilhete de uma dama desconhecida. Embora avise sobre um atentado à sua vida no baile, ele declara que se afastar seria covardia.

No baile de máscaras, enquanto os convidados mascarados se misturam, Renato diz a seus amigos conspiradores que ele tem medo que Riccardo não venha. Ele é reconhecido por Oscar, que lhe diz que o governante, de fato, está lá, mas se recusa provocadoramente a descrever sua roupa. Quando Renato insiste dizendo que tem assuntos importantes para discutir com Riccardo, Oscar diz que o governante está usando uma capa preta com uma fita cor de rosa. Riccardo aparece e é levado para um lado por uma mulher mascarada, que repete o aviso de sua carta. Ele reconhece Amelia e zomba da idéia de fugir, especialmente se ele pode ficar perto dela mais uma vez. Enquanto os músicos tocam uma mazurca, ela, novamente, admite seu amor e implora que ele se salve. Ele conta a ela sua decisão de mandá-la e a Renato de volta para a Inglaterra.

Quando ele lhe dá um último adeus, Renato sai da multidão e dá-lhe seu próprio adeus -um golpe fatal. A multidão fica ao redor de Renato, mas Riccardo, ferido, ordena que o deixem em paz e, em seguida, diz que Amelia é inocente: embora ele a ame, Riccardo respeita sua virtude e a honra de seu marido. Quando Renato repreende -se por sua vingança precipitada e quando Oscar e a multidão expressam descrença e orações, o moribundo perdoa seus inimigos e dá adeus a seu povo e seu país.

Obs.: Os nomes suecos dos personagens que aparecem entre parênteses são os que Verdi pretendia usar originariamente. Foi forçado, entretanto, pelos censores do governo, a mudar o local da ópera para Boston. Normalmente a ópera é encenada com ação que se passa na Suécia, ainda que se use os nomes dos personagens da versão de Boston.

Jacques
Baseado em pesquisas no site do "The Metropolitan Opera International Broadcast Information Service"

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