sexta-feira, abril 01, 2005

Congelando o tempo...

Quem leu lá abaixo sobre como tirar fotografias sem máquina fotográfica sabe do que eu estou falando.

Não que, para entender, tenha que procurar o que escrevi abaixo. É que existem momentos onde uma foto banal vira obra de arte. Assim é o caso da foto aqui mostrada, assim é o caso da foto do pai (Phil Mickelson) abraçando a filha (Sophia) que está logo abaixo.

Reparem a composição. O homem, à direita, chama para sí o foco. O balde e a água, como que congelada, separam o exato momento que separa esta foto de uma foto banal.

Se fôsse utilizada uma velocidade mais baixa, a água, tão definida quanto congelada, estaria borrada o que, digamos, tiraria muito da beleza da foto, ainda que não deixasse de ser bela.

O balde de plástico, banal em sí, ajuda a compor o balanço das cores. Preto ou marron seriam bem menos impactantes.

Imagine, por um momento,outra foto que fôsse uma cachoeira, água caindo e um homem e uma mulher (politicamente mais correto do que isso...) se banhando. A foto só ficaria boa se a água estivesse borrada... Podem experimentar.

Pois é, dois pesos e duas medidas.

É por isso que eu falava em instantâneo de profissional e instantâneo de amador. Na foto de pai e filha, abaixo, reparem o cabelinho da Sophia (adoro esse nome!). Reparem a expressão do pai.

Que felicidade!

Em ambos os casos pode se reparar o cuidado em compor as imagens separando o que é essencial do que é supérfluo.

Da próxima vez que apertarem o botão, sem compromisso, a foto da família reunida, a do pôr do sol, qualquer uma, tentem imaginar como compor a cena.

Exceção... Quando não der, quando o instante for mais importante do que a composição, bata a foto como der. Tente, no entanto, ver a sua foto em pequenos pedaços, um corte vertical aqui, um horizontal um pouco abaixo do pé da Mariazinha e você verá que dentro da sua foto cabem muitas fotos.

Cada uma delas isoladamente, poderá significar mais ou menos, o fotógrafo é o artista. Ele decide. O laboratório, o computador, aliados do fotógrafo, é que fazem a diferença.

Jacques

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