terça-feira, março 22, 2005

O que fazer enquanto o tempo passa....

Hoje, não muito cedo, tomei conhecimento da reforma (?) do ministério do Lula.

Saibam todos quantos estas linhas lerem que tenho as minhas convicções políticas, mas que normalmente me defino e me considero apolítico. Isto por vários motivos, o principal é que gosto muito do Brasil e tenho a nítida impressão que esse bando de políticos gosta mesmo é do "puder". Acho que os políticos não gostam de nosso país.

Não cabe aqui discutir política, até por que acho que a grande maioria, salvo as exceções de praxe, quer mesmo é se locupletar à custa da nossa endividada nação.

O que nós precisamos fazer, é acaciano, é cobrar nossos políticos uma seriedade no cumprimento de seus mandatos.

Tenho lido os editoriais dos jornais e revistas, tenho escutado a vários canais de televisão, assisti um seminário na semana passada com um ex-ministro da Fazenda e com mais de um ex-diretor do Banco Central e todos pisam e repisam a mesma tecla.

O Brasil vai bem obrigado! Ótimo! A exemplo de um avião em vôo, que não cai porque tem instrumentos a bordo que garantem a segurança do vôo, estamos em velocidade de cruzeiro, na rota, com tudo funcionando às mil maravilhas. Quase tudo perfeito...

Aí é que começam os problemas. Esse avião, que é o nosso país, precisa de manutenção. Precisa de combustível, precisa de cuidado. E o que fazem os nossos políticos "latu sensu"? Embriagados pelo "puder", embriagados pelos fisiologismos, morando numa Disneylândia, ganhando por mês o que milhões não ganham por ano, brincam com os delicados comandos de nosso hipotético avião.

Resultado, ninguém está providenciando nenhuma melhora nesse nosso sofrido país. Ninguém está interessado em melhorar absolutamente nada, ninguém olha que país vamos deixar a nossos descendentes.

Eles se esquecem que o nosso país é grande, muito grande mesmo. Eles se esquecem que o brasileiro é muito bom, muito bom mesmo. Eles se esquecem que foram guindados a governantes, deputados, senadores e outros cargos públicos e passam a jogar um jogo que é muito perigoso. É o jogo do "puder". E o "puder" embriaga.

Eles se esquecem que um dia o povo vai acordar e de alguma maneira vai dar um basta nesta gastança, nessa inépcia, nessa ignorância e nessa idiotice do jogo do "puder".

Aqui e ali se percebe uma minoria que gostaria de virar o jogo. Acontece que esta minoria é o que é, minoria. Poucos se mantém com suas opiniões e tentam fazer algo de útil. E quando tentam, normalmente fracassam. O mesmo se aplica a empresários. Quem em sã consciência vai arriscar o seu rico dinheirinho se o governo não dá a mínima sinalização de que vivemos num regime estável e onde o lucro, que é a justa remuneração do risco, não será recolhido a título de imposto?

Ah, ontem aqui não havia um imposto mas agora isso vai passar a ser taxado... Quem nunca ouviu essa conversa? E com isso mais alguns apaniguados serão contratados (e às vezes sem nenhum concurso público, quem já não viu esse filme?).

Aqui, quando alguém tenta algo de novo, algo de bom, acorre o resto da manada para torpedear essas iniciativas.

E aí, o que acontece? Dia a dia, hora após hora, perde-se tempo. A água que correu embaixo da ponte, a gasolina que se gastou no congestionamento, o aluno que não tem classes para freqüentar, o doente que não foi atendido, o emprego que não se criou, a estrada que não se construiu, a máquina inchada e que mama nas tetas do "puder" gira em falso e nós vamos ficando para trás.

E a tudo isso estamos assistindo e não estamos fazendo nada. Em termos, aqui e ali se vê um ou outro gato pingado estrilando contra essa inércia monstro. Aqui e ali vemos um abnegado que trata de cumprir sua obrigação. Pena que são poucos. Muito poucos.

Está na hora de começarmos a nos mexer. E não basta começar e andar no mesmo passo de nossos vizinhos mais desenvolvidos. Nós temos uma defasagem que precisamos diminuir. Se quisermos chegar junto com os outros aviões, devemos acelerar o que pudermos para tentar minimizar nossas diferenças. Por que sermos diferentes deles? Se eles conseguiram estar num patamar diferenciado é porque trabalharam duro, muito duro!

Está na hora de abandonarmos esses valores fisiológicos, essa grande vontade que nossos políticos têm de barganhar o dia a dia para darmos um salto de qualidade. Essa política de botequim, de mesquinharia, de futriquinha tem que acabar!

Pensar grande! Será que é tão difícil assim? Só quem pensou grande realizou coisas grandes... E não somos diferentes de outros povos. Temos que criar riquezas para gerar mais riquezas. Temos que investir em educação para termos uma elite cultural que pegue o nosso bonde e que leve esse nosso Brasil ao nível que temos competência para chegar.

Não adianta dizer que somos um estado democrático, a democracia não é o regime onde todos fazem o que querem, a democracia é um regime onde todos pensam e têm convicções próprias mas todos olham para o mesmo objetivo.

Chega de políticos nanicos! Chega de políticos aleijados! Chega de políticos embriagados pelo "puder". Chega dessa política que coloca as vantagens pessoais acima do dever de cidadão.

Nossa paciência tem limites e quanto mais cedo esses deformados que foram eleitos para nos representar, e o fazem muito mal, souberem que estamos fartos da sua incapacidade, mais cedo poderemos retomar o caminho do progresso.

Mais, que há muito, muito tempo, esses cegos de espírito e de caráter, deveriam ter voltado para suas cidades de origem e arrumar empreguinho honesto, no nível de sua competência, para saber o que é ganhar um dinheirinho suado e contado. Caso contrário, que vão puxar carroça... Pelo menos um pouco de feno e água vão receber.

Quanto mais cedo isso acontecer, mais cedo poderemos retomar nosso processo de desenvolvimento.

Jacques

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