quarta-feira, maio 25, 2005

Escrito a quatro mãos, na verdade até mais...

Tomando carona no comentário de Paloma Dawn, na sinopse da Castor et Pollux de Rameau:

No “King Lear”, Shakespeare escreveu:


“We make guilty of our disasters the sun, the moon, and the stars; as if we were villains by necessity, fools by heavenly compulsion.”


É, não dá para culpar os astros das nossas próprias fraquezas... devemos encarar os fatos. Castor e Polux não passam de pontos distantes na imensidão do universo.


Mas o artista tem a nossa licença para conduzir a nave estelar a esses mundos, e, pensando bem, qual a diferença entre a ópera “Castor e Polux” e os filmes “Star Wars”, ou “Mad Max” ou mesmo "2001 a Space Odissey"? a platéia, talvez? ou nem tanto.


Interessante...


Realmente ela tem razão, o enrêdo, o libreto de uma ópera apresenta, a par de convenções próprias, uma série imensa de "liberdades poéticas", simplificações, modificações e inovações que saltam à vista. Normalmente baseadas em histórias conhecidas, de autores famosos ou anônimos, peças de teatro, histórias populares, contos e lendas, sagas reais ou imaginárias e até fatos mitológicos que se transmudam, se transmutam e se transformam ao longo da trama, os libretos podem parecer ficção. Acresça-se que isto também pode ser a intenção do libretista, criar uma história a partir de uma ficção. Aqui, no caso de Castor et Pollux, imagina-se como terá sido difícil concretizar, no palco, toda a encenação prevista por seus autores. Devia ser coisa de ficção científica para a época mesmo...

Com todas essas idéias formadas, me passa na cabeça, uma associação de idéias, nada criativa na verdade, mas, garanto, vai nos levar a sorrir:

Samba de Crioulo Doido

Sergio Porto

Foi em Diamantina
Onde nasceu JK
Que a princesa Leopoldina
Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva
Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com Tiradentes

Lá iá lá iá lá iá
O bode que deu vou te contar BIS

Joaquim José
Que tambem é
Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas
Seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos indios
Aliou-se a D. Pedro
E acabou com a falseta
Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Dona Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também

O O O O O O
O Trem tá atrasado ou já passou BIS


Pois eu ainda acrescento, tem muita escola de samba que tem samba no pé e letra de samba-enrêdo que dá inveja em muito libreto de ópera...

Nada de novo sob o céu de nossa Terra!

Jacques

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