sexta-feira, setembro 02, 2005

Rossini - Guilherme Tell - Sinopse

Ópera em quatro atos de Gioacchino Rossini, libreto de V. J. Etienne de Jouy e H. L. F. Bis com base em Schiller.

Estreou no Opéra de Paris em 03 de Agosto de 1829, em 1831 os quatro atos foram reduzidos a três. As duas versões coexistem.

Personagens:
Guilherme Tell (barítono)
Hedwige, sua mulher (soprano)
Jemmy, filho do casal (soprano)
Arnold, pretendente de Mathilde (tenor)
Melcthal, pai de Arnold (baixo)
Gessler, governador de Schwitz e Uri (baixo)
Mathilde, irmã de Gessler (soprano)
Rudolph, capitão de guarda de Gessler (tenor)
Walter Furst (baixo)
Leuthold, pastor (baixo)
Reudi, pescador (tenor)
Camponeses, cavaleiros, pajens, damas, caçadores, soldados, guardas, três casais de noivos.
Suiça, século XIII

Arnold, patriota suiço e filho do venerável chefe Melchtal, salva do afogamento Mathilde, irmã do tirano austríaco Gessler. Arnold e Mathilde se apaixonam.

Ato I
É uma bela manhã de maio no lago de Lucerna, junto ao qual está situada a casa de Tell. Transcorre o Festival Pastoril. De acordo com um costume antigo, o velho Melchtal abençoa os casais de pastores enamorados. Mas, seu próprio filho, Arnold, não lhe pede a benção, embora esteja apaixonado por Mathilde, seu coração pertence à pátria.
O festival é interrompido pelo soar de trompas anunciando a chegada so séquito de Gessler, o odiado tirano austríaco.
Ofegante, Leuthold entra em cana anunciando que, para impedir que sua filha fosse desonrada, matou um dos soldados de Gessler.
Perseguido, só pode escapar atravessando o lago. Mas quem o conduzirá, debaixo da tempestade que se prenuncia?
Tell não perde tempo com hesitações e trata de agir pois os guardas de Gessler já se aproximam, comandados por Rudolph.
Com a ajuda de Tell, o fugitivo consegue escapar mas os guardas detêm Melchtal e o conduzem preso.
Ato II
Num vale banhado por um lago, Arnold e Mathilde trocam juras de amor.
Arnold é informado por Tell e Walter de que seu pai foi assassinado, por ordem de Gessler, e planeja vingar-se.
Os três patriotas fazem um juramento de libertar a Suiça.
Os cantões se reunem e decidem insurgir-se contra o jugo austríaco.
Ato III
Na praça do mercado em Altdorf, o centésimo aniversário do domínio austríaco será comemorado por danças.Os suiços recebem ordens de fazer reverências diante do chapéu de Gessler que está instalado no topo de um mastro.
Tell chega trazendo seu filho Jemmy pela mão e recusa a se inclinar diante do chapéu.
Reconhecido como o homem que havia salvado Leuthold, ele deve ser punido.Gessler lhe ordena que derrube com uma flecha a maçã que é colocada sobre a cabeça de Jemmy.
Tell acerta e, destemido como sempre, diz ao tirano que a segunda flecha estava destinada a ele, se a primeira falhasse.
Gessler ordena a sua prisão e tell é conduzido pelos guardas.
Ato IV
Arnold decide resgatar Tell.Cai uma tempestade sobre o lago e Mathilde, também empenhada em salvar o herói, dá abrigo a Jemmy.
Tell é desacorrentado para que possa pilotar o barco que conduzirá Gessler e os guardas na travessia do lago.
Tell consegue saltar para a terra e empurrar a embarcação que fica à deriva.Sua casa está em chamas, sinal de que a rebelião vai começar.
Quando Gessler aparece Tell o abate. Os patriotas suiços acorrem vitoriosos.A tempestade cessa.Mathilde cai nos braços de Arnold.
Um comentário pessoal

Existem peças musicais que adquirem vida própria. Estou me referindo aqui à famosíssima Abertura de Guilherme Tell. A música causou tanto impacto que se tornou mais importante do que a própria ópera. Apesar disso, a ópera é boa demais para ser lembrada apenas pela famosa Abertura.

Existe aqui uma curiosidade. Para que serviam, originalmente as Aberturas? Em termos de hoje nos pareceria risível a sua serventia. Naqueles tempos a Abertura era o sinal que os ouvintes deveriam se sentar e ficar calados, isso era feito durante a execução das Aberturas. Ao invéz do silencio sepulcral com que hoje ouvimos toda a obra desde a Abertura, naqueles tempos era o sinal para que todos se sentassem porque, logo a seguir, o espetáculo seria iniciado. Dá para imaginar a algazarra?

Mais uma curiosidade, o povo, ficava na platéia. A elite, os nobres, os ricos assistiam dos camarotes, daí vem a expressão "assistir de camarote". Mais, não assistiam sentados na platéia, os bancos só foram acrescentados mais tarde. Assistiam de pé. E eram programas muito mais longos dos que hoje são representados. No entanto eram espetáculos populares e franqueados a todos os bolsos.
Daí a popularidade das óperas, eram espetáculos para o povo.

Jacques

:

Anonymous Anônimo said.

Gostei muito da sinopse, vai servir muito para mim, mas quero comentar que a abertura existe até hoje em espetáculos de teatro de rua (o teatro surgiu na rua e só depois da Revolução Francesa é que surgiu espaços fechados- para pagar-se ingressos), e quanto aos camarotes, acho uma coisa normal, hoje em todos os shows, festas e óperas, entre outros, temos os camarotes (em lugares fechados), que nada mais é que a separação brutal de classes.
Hoje estamos voltando às artes populares, espetáculos de rua.

22 julho, 2006 01:52  
Anonymous Anônimo said.

Jacques
Muito obrigada pelas informações contidas em seu blog.
Ele fez parte da segunda parte da minha busca pela música tocada no desenho do Mickey Mouse em meio a um ciclone.
Primeiro eu havia descoberto que se tratava da música da obra Guilherme Tell, depois, em seu site, eu descobre que se tratava de uma ópera e que a abertura tornou-se mais importante que a ópera.
A partir daí, fui procurar nos programas alternativos de download de música uma forma de conseguir a abertura dessa ópera, e consegui!
Muito obrigada pelas informações.
Muito importantes para mim e farão um amigo meu muito feliz porque ele estava doido pra achar essa música.
Abraços.

22 julho, 2006 21:33  
Anonymous Anônimo said.

Detalhe, não te conheço, quero apenas agradecer.
Muito obrigada!

22 julho, 2006 21:36  

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