Les Troyens - Sinopse
Les Troyens at the English National Opera: the royal hunt and storm
in Act IV
Photo: Clive Barda
Tróia, em tempo imaginários. Depois de dez longos anos de guerra, os gregos aparentemente acabaram com o cerco de Tróia. Radiantes com o prospecto de paz, troianos dançam e cantam enquanto as mulheres e crianças exploram o recém abandonado campo militar dos gregos. Os gregos deixaram para trás uma enorme estátua de um cavalo de madeira: parece ser um ofertório para os deuses, mas ninguém sabe o que significa.
Enquanto a massa celebra, Cassandre, princesa e profetisa, tem uma visão aterrorizante. Ela vê o falecido herói troiano Hector marchando pelas muralhas da cidade. Sua visão é interrompida por Chorebe, que quer que ela junte-se à celebração. Cassandre dá-se conta de que Tróia será destruída e todos a quem ama serão assassinados. Ela implora a Chorebe que deixem a cidade, mas ele nega-se a acreditar nela. Pedindo-lhe que se anime, ele a arrasta para o meio da multidão.
No cair da noite, o rei Príamo e uma procissão de padres e soldados agradecem aos deuses por sua vitória. Eles trazem oferendas para um altar ao ar livre antes de se acomodarem para verem as danças e torneios de luta. Em meio à celebração, uma lembrança do pesar da cidade: Andromaque, a viúva do herói Hector, e seu filho, deixam flores no altar. A multidão tem piedade de Andromaque, mas Cassandre está insensibilizada. Ela sabe que há mais sofrimento guardado para aquela cidade.
O herói troiano Enée chega para informar um mal presságio. O sacerdote Laocoön, suspeitando que o enorme cavalo é algum tipo de armadilha, enfiou sua espada em um dos lados da estátua e encorajou uma multidão a queimá-la. Imediatamente, duas serpentes marinhas saíram do oceano e o devorou. Todos ficam horrorizados com a notícia. Enée sugere que os gregos provavelmente deixaram o cavalo como oferenda aos deuses; os troianos devem trazê-lo ao templo de Atenas para evitar novos desastres.
Cassandre observa aterrorizada enquanto o cavalo é rebocado à entrada de Tróia. De fora, escuta-se o tinir das espadas e escudos dentro do cavalo, mas a multidão toma isso como bom agouro e continua movendo a estátua para dentro da cidade. Cassandre tenta barrá-los, gritando que o cavalo esconde uma armadilha, mas ninguém escuta. Enquanto as portas da cidade se fecham atrás do cavalo, Cassandre resigna-se a seu destino: agora ela vai morrer com seu povo.
SEGUNDO ATO:
Aquela noite, no palácio de Enée. Enée dorme, meio armado. Ele é despertado pelo fantasma de Hector, que anuncia que a cidade está sendo atacada pelos gregos. Tróia está perdida; Somente Enée irá sobrevier para fundar uma nova Tróia, na Itália. Enquanto a voz e imagem de Hector vagarosamente se esvai, o sacerdote Panthée irrompe pela porta carregando as imagens sagradas de Tróia. Panthée explica que o misterioso cavalo abrigava um exército grego que agora está destruindo a cidade. Enée agarra seu filho Ascânio e se apressa para liderar a fuga troiana.
Dentro do palácio real. Enquanto a cidade ao redor está em chamas, as mulheres troianas oram para que Vesta Cibele os libere dos gregos. Cassandre chega com outro vaticínio: Enée, que já resguardou os tesouros e imagens sagradas de Tróia, irá fundar uma nova Tróia na Itália. O próprio noivo de Cassandre, Chorebe, está morto. Cassandre tampouco espera sobreviver. As mulheres troianas certamente serão estupradas e escravizadas. Cassandre incentiva as mulheres a resistirem à sua maneira: tirando suas próprias vidas. A maioria jura morrer com Cassandre; aquelas que não tem coragem suficiente para cometer suicídio são caçadas. O resto das mulheres começam uma dança selvagem e arrebatadora, cantando as glórias de Tróia e jurando morrer livres. Os soldados gregos buscando os tesouros troianos se dão de encontro com a cena, e observam entre chocados e assombrados. Brandindo suas espadas, os gregos exigem os tesouros, mas Cassandre os desafia esfaqueando-se. Logo, os gregos ficam sabendo que Enée escapou com os tesouros. As outas mulheres começam a matar-se em massa, arremessando-se das sacadas, enforcando-se e esfaqueando-se, todas com um grito final de “Itália”.
TERCEIRO ATO:
Um corredor no palácio de Didon em Cartago. O povo cartaginês saúda a sua rainha, Didon, com o hino nacional. Ela relembra quando liderou seu povo de Tiro depois da morte de seu marido, muitos anos atrás. O trabalho duro de seu povo construiu uma cidade próspera e bela. Didon pede a seu povo que ajude-a mais uma vez contra o rei númida Iarbas, que quer conquistar Cartago e forçar a rainha a casar-se com ele. A multidão jura expulsar o exército de Iarbas para o deserto. Fazendeiros, construtores e marinheiros apresentam-se perante a rainha e ela lhes agradece com presentes simbólicos.
Depois que a multidão deixa a viúva Didon, ela confia à irmã Anna que algumas vezes é atacada por uma estranha aflição e tristeza. Adivinhando a causa, Anna diz a sua irmã que ela irá amar uma vez mais — mas Didon insiste que continuará fiel ao falecido esposo. Ela pede aos deuses que lhe amaldiçõe se ela retirar alguma vez seu anel de casamento.
Iopas, o poeta da corte, introduz um bando de desconhecidos que quase naufragou durante uma recente tempestade. Eles são remanescentes do exército troiano. Os refugiados oferecem a Didon seus tesouros em troca de alguns dias de descanso na ilha, em passagem para a Itália. No mesmo instante, Narbal, o ministro de Didon, anuncia que Iarbas e suas hordas acabam de invadir Cartago. Enée, que estava posando de simples marinheiro, revela sua verdadeira identidade e se oferece para ajudar a rainha. Didon aceita com admiração e orgulho. Enée reúne os cartagineses e troianos e pede a Didon que cuide de seu filho Ascânio. Os exércitos marcham para a batalha.
QUARTO ATO:
Interlúdio Instrumental. O alvorecer numa floresta africana, algum tempo depois. Duas naias banham-se em um riacho próximo de uma caverna natural. Cornos de caça soam à distância e as naias escondem-se. Caçadores aparecem com cães e Ascânio galopa a cavalo. Começa a chover e depois a trovejar. Os caçadores gritam uns aos outros e depois se dispersam. Didon e Enée, buscando abrigo para o temporal, entram juntos na caverna. Ninfas e Egipãs se juntam do lado de fora da caverna, dançando selvagemente e gritando “Itália!” Uma árvore é atingida por um raio e desaba no chão; as criaturas bailadoras levantam galhos ardentes. O temporal passa e a calma retorna à floresta. Didon e Enée ainda estão na caverna.
Pôr de sol no jardim beira-mar de Didon. Anna e Narbal passeiam juntos, discutindo o futuro de seu país. Narbal está contrariado por Didon haver abandonado todos os projetos dela e passar seu tempo caçando e banqueteando com Enée. Anna porém está otimista; finalmente Didon está apaixonada por um herói da realeza. Parece que Cartago logo terá um novo rei. Narbal, contudo, sabe que Enée eventualmente irá partir para a Itália. Ele teme que o relacionamento traga ruína para ambos Didon e Cartago.
Didon e Enée assistem a uma apresentação de algumas bailarinas. Didon não está entretida; ela pede a Iopas para recitar um poema simples e pastoral. Mais tarde, ainda impaciente, Didon pede a Enée que conte-lhe mais sobre Tróia; ela quer saber da sorte da viúva de Heitor, Andromaque. Enée conta que Andromaque casou-se com Pyrrus que matou seu marido Heitor. Didon reflete que tudo está dizendo-lhe para sair de seu sofrimento e permitir-se amar Enée com todo coração. Numa brincadeira, Ascânio retira sua velha aliança de casamento do dedo.
Os cortesãos vagarosamente se afastam, encantados pela beleza da noite. Juntos e a sós, Didon e Enée juram seu amor um pelo outro. Mas sua alegria é interrompida pelo deus Mercúrio, que aparece frente a Enée, dentro de um raio de lua, com uma recordação sinistra: “Itália!”.
QUINTO ATO:
O porto de Cartago, naquela noite. Um marinheiro solitário canta sobre sua saudade de casa antes de quedar-se dormido. Panthée aparece com outros troianos, dizendo-lhes que eles já passaram muito tempo em Cartago. Os marinheiros estão inquietos e os deuses estão muito irritados; todos os dias, novos sinais os adverte para que eles prossigam em jornada à Itália. Eles devem partir amanhã. Contudo, nem todos querem partir; dois sentinelas troianos queixam que já estavam se adaptando.
Enée entra, preocupado e confuso. Ele sabe que deve partir para a Itália, mas não consegue lidar com o fato de abandonar Didon. Ele decide vê-la uma vez mais, mas é impedido por uma multidão de fantasmas: os falecidos Príamo, Hector, Chorebe, e Cassandre, todos exigindo que Enée deixe Cartago imediatamente. Convencido, Enée desperta seu exército e diz-lhes que preparem-se para navegar.
Mas pouco antes dos troianos partirem, Enée é confrontado por uma Didon furiosa. Ela suplica que Enée fique e o acusa de desertá-la. Ele jura que a ama, mas ela amaldiçoa a ele e seus deuses, depois retorna correndo a seu palácio. Desanimado, Enée entra a bordo de seu navio.
O palácio de Didon, pouco antes do alvorecer. Didon pede a Anna que vá até Enée implorá-lo para que fique, mas os troianos já deixaram Cartago. Didon lamenta por não haver queimado sua esquadra quando teve chance. Ao invés, ela ordena que se queime numa pira todos os presentes e troféus de Enée. Didon compreende que sua vida está terminada e ordena que todos a deixem à sós. Ela diz adeus a seu país e sua vida.
Os troféus de Enée são empilhados numa pira no jardim beira-mar de Didon. Sacerdotes rezam para os deuses do submundo enquanto Anna e Narbal amaldiçoam Enée e sua missão no ritual. Como se estivera sonhando, Didon sobe nos degraus da pira. Ela prediz que um dia, um grande general cartaginês, Aníbal, irá vingá-la. Então se mata com a espada de Enée. O caos toma conta da multidão surpreendida. Enquanto morre, Didon profetiza que Cartago irá cair enquanto Roma se tornará uma cidade eterna. Enquanto uma visão da capital romana aparece à distância, os cartagineses juram seu eterno ódio por Enée e seus descendentes.
Jacques
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