Amadas Musicais
Terça-feira, 10 de junho de 2008 |
Na Companhia da Música |
Amadas Musicais
A próxima quinta-feira é um dia especial para as relações que, de uma forma ou de outra, move o mundo e também a música. O programa de Vicente Adorno, "Na Companhia da Música" deste próximo dia 12 de junho vai mostrar algumas referências musicais desse dia que também é cantado e decantado na literatura, entre o amor, o drama e a tragédia. Casais de namorados são personagens freqüentes em todas as artes. Na literatura portuguesa, o poeta Luís de Camões se inspirou em sua musa Catarina de Ataíde, dama da rainha, para escrever versos de amor. O trágico romance de Abelardo e Heloísa na França, entre o fim da Idade Média e o início do Renascimento, deu origem a poemas, contos, peças de teatro etc. A lenda celta de Tristão e Isolda - outro casal de namorados que vive uma intensa história de amor que termin a em tragédia - recebeu incontáveis versões em prosa e verso e serviu de motivo para Richard Wagner criar uma de suas óperas mais belas. O romance entre a rainha de Esparta Helena e o príncipe troiano Paris desencadeou, segundo a lenda, o ataque de mil navios e o cerco de Tróia ou Ílios por uma coalizão de marinhas e exércitos gregos - e forneceu a base para o início de uma das mais importantes manifestações literárias de todos os tempos, a Ilíada, atribuída ao poeta grego Homero, que teria vivido no século VII a.C. Até mesmo na história da música existem exemplos muito interessantes de namorados, como Robert e Clara Schumann, Frédéric Chopin e a escritora George Sand, Giuseppe Verdi e Giuseppina Streponi. Nesse dia 12 você ouvirá Rachmaninoff, Beethoven, Nino Rota e Mozart. |
Banchetto Musicale |
A Escola violinística Alemã
Georg Böhm, Heinrich Schmelzer e Johann Rosenmüller são, ao lado de Heinrich Ignaz Franz von Biber, os maiores representantes da chamada escola violinística alemã. No programa do dia 15 de junho, ao meio-dia, o programa "Banchetto Musicale" mostra aos ouvintes um pouco da técnica desses compositores do barroco germânico. Entretanto, a predominância do estilo italiano em toda a Europa e as investidas do estilo francês fez com que alguns desses compositores encontrassem um artifício em suas técnicas. Johann Rosenmüller, por exemplo, preferiu uma mistura atrativa de elementos alemães e italianos. Nascido nas mediações de Zwickau, na Saxônia, iniciou seus estudos de música em 1640 na Igreja de Santo Tomás de Leipzig. A sonata da camera que vamos ouvir foi publicada entre 1667 e 1670 com uma car acterística não muito comum na linguagem musical de sua época. O homem barroco era, na verdade, conduzido por uma vontade que não era própria, mas que era universal, vinda de princípios tidos como gerais, de imitações e engenho já estabelecidos. Em literatura, o talento e o saber encontram o caminho de como se articular, sem necessitar do contato com o público e sem compromisso com os comerciantes. Na música, a exposição constante do autor e do intérprete, leva-os a uma vicissitude de representação. "Os homens enxergam pelos olhos de seus afetos". Com essas palavras, Régnier definiu muito bem os sentimentos e as práticas de seus contemporâneos do século XVII, também presentes em Schmelzer, Böhm, Rosenmüller e Biber. |
Cultura FM, a frequência dos clássicos |
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