terça-feira, maio 13, 2008

A Música do Diabo


Rádio Cultura FM - Notícias da Programação
Terça-feira, 13 de maio de 2008

Tema e Variações

A Música do Diabo



No Compendio Narrativo do Peregrino da América, escrito nos inícios do século XVIII por Nunes Marques Pereira encontra-se, dentre muitas outras, uma citação comum, mas que não deixa de ser, aos nossos olhos e ouvidos, curiosa. Depois de observar uma prática musical feita pelos negros escreveu que eles invocavam o demônio, que por sua vez, era um excelente contrapontista, bom músico, poeta e tocador de viola. Em um determinado momento já nos fins do século XVIII em uma cidade colonial de Minas Gerais, um observador inglês viu um padre mulato tocando a Marcha do Duque de York dentro da igreja e perguntou se ele não tinha vergonha de tocar uma música profana dentro do templo. O padre respondeu: mas será que somente o diabo pode dominar a boa música? Essas são algumas curiosidades que a história da música ocidental relaciona, sobretudo depois das descobertas da consonância e da dissonância. Você poderá saber sobre a música do diabo no programa "Tema e Variações" do maestro Julio Medaglia desta sexta-feira, dia 16 de maio. Das temeridades sonoras da Idade Média, do Diabolus in Musica, até às instabilidades auditivas, o tema que remete ao diabo determinadas músicas ou sons sempre foi tabu na história da música e das sociedades que as codificam e decodificam. Solfas, harmonias e letras indecentes perturbaram o continuum das sociedades religiosas e reforçaram nelas o maniqueísmo medieval.

> Tema e Variações
Apresentação: maestro Julio Medaglia
Sexta-feira, 16 de maio de 2008, 11h00.
Produção: Marta Fonterrada.


Na Companhia da Música

O Piano




Nesta quinta-feira e sexta-feira próximas você poderá ouvir no programa "Na Companhia da Música" de Vicente Adorno uma breve história sobre um dos mais requisitados instrumentos musicais: o piano. Um dos instrumentos tradicionais que mais evoluíram e ganharam destaque entre os séculos XVIII e XX foi o piano. Desde a Idade Média já se usavam teclados para fazer música e, a partir do século XVI esses instrumentos começaram a ganhar variações mais elaboradas, como o clavicórdio, o harpsicórdio e seus derivados, entre eles a espineta. Também o cravo se insere nessa evolução. Porém, todos eles começaram a sair de cena com o desenvolvimento do fortepiano, pianoforte e finalmente apenas piano, a invenção dele se deve ao italiano Bartolomeo Cristofori de Pádua, que trabalhava para o príncipe Ferdinando de Me dici como Mantenedor dos Instrumentos. Não se sabe ao certo quando Cristofori construiu seu primeiro piano. De acordo com um inventário feito a mando de seus patrões, os Medici, a família já contava com um piano em seu acervo por volta de 1700, e há até outro documento - considerado de autenticidade duvidosa - que aponta a existência do instrumento na casa em 1698. Depois de Cristofori surgiram outros construtores, como Andreas Stein, Gottfried Silbermann, Anton Walter e John Broadwood. Esse último construtor, aliás, era quem fabricava os instrumentos para Beethoven e por curiosidade, era o mesmo fabricante que mandava os instrumentos para o Brasil nos tempos de D. João VI. Os pianos Broadwood, progressivamente maiores, de som mais alto e de construção mais sólida, foram presenteados ao grande mestre e um dos principais codificadores da sonata para piano: Joseph Haydn.

> Na Companhia da Música
Apresentação: Vicente Adorno
Quinta-feira, 15 de maio de 2008, 18h00
Sexta-feira, 16 de maio de 2008, 18h00
Produço: Luciana Monzillo



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