Carmen é Morta!
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| Terça-feira, 20 de maio de 2008 |
| O Mundo da Ópera |
Carmen é Morta!
 Sábado é a vez da ópera. No dia 24 você poderá ouvir a sedução, o amor e o conflito na obra de Georges Bizet. Em 'Carmen', o compositor francês soube como ninguém descrever as intrigas que circulam no jogo do amor cigano e nas cenas de ciúmes que envolvem o enredo. 'Carmen' é talvez a mais importante obra de Bizet. Nesta obra pode-se observar a espontaneidade e a variedade de melodias, com uma viva penetração nos sentimentos das personagens, o que acabou por renovar a ópera francesa. Há ainda o drama e uma surpreendente reconstituição do ambiente; entretanto, essa paisagem sonora descrita por Bizet, como o mais contemporâneo espanholismo, foi negado pelos críticos da Península. O drama é centralizado em torno da volubilidade da cigana Carmen e do ciúme de seu parceiro, o soldado Don Juan que a ass assina no último ato. Bizet exortava os compositores a expor todos os sentimentos, fazer rir ou chorar. E deve ter sido esse o motivo, aliado a uma moral conservadora, que fez da estréia de Carmen um escândalo. Como uma mulher desprovida de moral e de bons costumes, ainda por cima cigana, poderia ser a protagonista de um enredo como esse? O Music Trade Review de Londres escreveu que "Se fosse possível imaginar Sua Majestade Satânica escrevendo uma ópera, Carmen seria o tipo de obra que se esperaria". Na verdade o público parisiense esperava um enredo edificante com um final feliz e com acordes perfeito maiores. Em outras palavras, tudo deveria ser resolvido, desde a moralidade da sedutora Carmen, ou sua conversão a uma ideologia vigente, até as instabilidades sonoras, que deveriam sufocar as tensividades da música perturbadora. Poucos meses após a estréia de Carmen, Bizet entrou em crise de depressão e faleceu com 36 anos de idade. A causa oficial foi uma parada cardí aca devido ao reumatismo articular agudo. Foi sepultado no cemitério Père Lachaise, de Paris.
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O Mundo da Ópera| Desperte com os Clássicos |
O Caos Francês de Jean-Fery Rebel
 Nesta quinta-feira próxima, o programa 'Desperte com os Clássicos' traz uma das mais curiosas obras do barroco francês: "Os Elementos" de Jean-Fery Rebel. A obra de Jean Fery-Rebel apresentada nesse programa é uma descrição sonora da natureza, artifício comum durante os fins do século XVII e inícios do XVIII. Os instrumentos musicais descrevem as situações da natureza. No primeiro movimento da música "os Elementos", o Caos de Jean Fery Rebel, é descrito com dissonâncias que caracterizam a formação dos componentes da natureza. O próprio compositor acrescenta: "Escrevi a sinfonia da introdução de forma natural, procurando o caráter próprio do caos; uma confusão sobre a composição dos elementos que se formam a partir de seus próprios tempos, de suas próprias ordens segundo as dissonâncias harmônic as". Trata-se, portanto de uma música descritiva que trabalha as funções da linguagem musical do século XVII. Nesta Obra, Jean-Fery Rebel descreve primeiramente o caos com arpejos e acordes dissonantes, utilizando, por vezes, a scordatura, um sistema muito comum dos compositores mais ousados do barroco para sugerir uma desafinação. O caos é descrito como uma confusão harmônica e com intensidades variáveis. Em meio ao caos, uma flauta-doce sugere o aparecimento e a organização dos elementos: a terra, o fogo, a água e o ar. O que se segue posteriormente ao caos, é uma música perfeitamente equilibrada, com os edifícios sonoros do barroco francês. Vale à pena conferir, pois esta é uma das obras mais inusitadas e afetadas do barroco francês.
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| Cultura FM, a frequência dos clássicos |
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posted by Asparagus the Firefrorefiddle, the Fiend of the Fell at 23:19
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